O deputado estadual Lucas de Lima (PDT) entrou com uma ação declaratória de justa causa para desfiliação partidária, alegando perseguição dentro do Partido Democrático Trabalhista
Na ação, Lucas de Lima afirma ser alvo de perseguições dentro do partido, segundo ele, o PDT tem passado por mudanças nacionalmente e em Mato Grosso do Sul. “O autor vem sendo alvo de perseguições dentro do partido réu, que vem passando por mudanças com desvirtuamento total de seu cunho, tanto nacionalmente, como em Mato Grosso do Sul”, diz a defesa do parlamentar.
A ação também menciona a filiação do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, ao PDT. Segundo a defesa de Lucas de Lima, a filiação de Trad foi tratada diretamente com as lideranças nacionais do partido, desestruturando a legenda no estado. “Os atos preparatórios à filiação de referido político tiveram suas tratativas realizadas diretamente com as lideranças nacional do Partido, cujo resultado culminou na quebra de todos os princípios partidários”, afirma.
A filiação do ex-prefeito Marquinhos Trad ao PDT e a saída do deputado Lucas de Lima da presidência municipal do partido foram noticiadas pelo Fato67 em 3 de abril. No início de maio, o parlamentar confirmou ao jornal Midiamax que não seria mais pré-candidato à prefeitura de Campo Grande.
O parlamentar corre o risco de perder o mandato
Procurado para comentar, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) respondeu: “O partido entrará com defesa assim que for notificado pelo TSE”.
Caso a justa causa do parlamentar seja negada pela Justiça Eleitoral, o PDT poderá requerer a cadeira do deputado Lucas de Lima por infidelidade partidária.
De acordo com a Resolução TSE nº 22.610/2007, que disciplina a perda de cargo eletivo por desfiliação partidária sem justa causa, um parlamentar que deixa seu partido sem uma justificativa aceita pode ter seu mandato reivindicado pela legenda. Com isso, o deputado ficaria sem mandato.
Primeira suplente do PDT
A suplente que assume a cadeira do PDT caso o deputado perca o mandato é Glaucia Iunes, que obteve 16.918 nas eleições de 2022 sendo a segunda mulher com mais votos no estado para a cadeira no legislativo estadual.
Em Corumbá, Glaucia foi a candidata ao legislativo com mais votos, tendo recebido 11.721 votos na Cidade Branca.