Com apoio de 259 parlamentares, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no INSS deve ser instalada nas próximas semanas no Congresso Nacional. A proposta foi apresentada por parlamentares da oposição e tem como objetivo apurar irregularidades envolvendo o desconto indevido na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Em entrevista ao Fato67, o deputado federal Marcos Pollon (PL), um dos apoiadores da iniciativa, falou sobre a composição da CPMI e a expectativa quanto à ocupação de espaços por partidos da base do governo e da oposição.
“Isso é uma construção das lideranças. Cada líder de cada partido tem suas indicações, que passam pela presidência das duas Casas. Como é uma CPMI, ela é mista, então a posição do Davi Alcolumbre em relação ao Rodrigo Pacheco é determinante, uma vez que ele preside o Congresso”, explicou o parlamentar.
Pollon demonstrou preocupação com a possibilidade de interferência política na composição da comissão, lembrando o cenário da CPMI do 8 de janeiro, em 2023.
“Naquela ocasião, conseguimos ter muito menos espaço do que, por exemplo, na comissão do MST, que era só da Câmara. Não vou julgar se foi acertado ou não fazer uma CPMI, mas há bastante interferência do Davi Alcolumbre. Vamos ver como isso se desenrola. Não tenho informação suficiente ainda para dizer se vai ser bom ou ruim”, completou.
A criação da CPMI foi articulada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT). Para a abertura da comissão, eram necessárias ao menos 27 assinaturas de senadores e 171 de deputados – número que foi superado no dia 2 de maio, com um total de 223 deputados e 36 senadores apoiando o requerimento. Apesar disso, o pedido ainda não consta no sistema oficial do Congresso Nacional.
Em transmissão nas redes sociais, Damares e Coronel Fernanda comemoraram o resultado. “É muito mais que o necessário para a CPMI ser recebida. Parabéns pelo seu trabalho na Câmara, Coronel Fernanda. Nós, desde o primeiro minuto, falamos com todos os colegas”, afirmou a senadora.
MS entre os apoiadores
Entre os onze parlamentares federais de Mato Grosso do Sul, sete assinaram o pedido de criação da CPMI. No Senado, as senadoras Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos) apoiaram a proposta. Na Câmara, assinaram o requerimento os deputados Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL), Dr. Luiz Ovando (PP) e Beto Pereira (PSDB).