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    Centenas de pessoas participaram da observação do eclipse solar na capital promovido por clube de astronomia

    Centenas de pessoas observaram o eclipse no Museu das Culturas Dom Bosco | Foto: Roger Usai

    Uma expectativa perceptível dominava o público reunido em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, para testemunhar o impressionante Eclipse Solar Anular. A ansiedade era tanta que, antes mesmo das 15h, uma multidão já estava presente, ansiosa para presenciar o Grande Eclipse das Américas.

    No entanto, a natureza parecia desafiar a expectativa da plateia, com uma nuvem imponente encobrindo o céu, adiando brevemente a realização do evento. Mas o desapontamento logo deu lugar à euforia, quando às 15h47, no auge do fenômeno estelar, o céu finalmente se abriu. O público não pôde conter a empolgação e aplaudiu o Sol, que agora estava visivelmente encoberto pela metade pela Lua.

    Eclipse parcial do sol visto de Campo Grande | Foto Roger Usai

    Enquanto muitos dos presentes haviam confeccionado seus próprios óculos com lentes especiais, seguindo as recomendações de oftalmologistas, o Clube de Astronomia Carl Sagan da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) também desempenhou um papel importante, distribuindo óculos de proteção. Além disso, as crianças presentes tiveram a oportunidade de participar de uma aula gratuita ministrada pelo professor Hamilton Corrêa, do Instituto de Física da UFMS.

    O astrônomo Henrique Arcuri falou um puco sobre as atividades do Clube de Astronomia Carl Sagan, “tem como objetivo a divulgação da astronomia, então nós desenvolvemos alguns eventos como este.”

    Renata de Campo Grande apreciando o eclipse | Foto: Roger Usai

    Renata, moradora Campo Grande que estava acompanhada da família, falou sobre a experiência em ter participado pela primeira vez desse tipo de evento, “Uma experiência bacana, uma iniciativa muito válida. Precisamso contar mais vezes com esse tipo de evento”.

    O professor Corrêa explicou que, embora os eclipses solares não sejam fenômenos raros, a verdadeira raridade está em conseguir calcular o dia, a hora e a localização ideais para observá-los. Ele afirmou: “Em média, ocorrem cerca de dois eclipses anuais. A dificuldade reside na coincidência da posição da superfície da Terra estar alinhada no momento certo para a observação. A sombra da Lua é o que gera o eclipse. Portanto, se o eclipse estiver ocorrendo no Hemisfério Norte, isso significa que a sombra da Lua está projetada naquele ano para o Norte. Desta vez, a sombra está projetada principalmente sobre o Brasil. A última vez que isso ocorreu, se não me engano, foi em 2019”.

    O evento não apenas encantou a comunidade, mas também ilustrou a capacidade de mobilização em torno da admiração pelos fenômenos celestiais e da importância do trabalho de entusiastas da astronomia, como o Clube de Astronomia Carl Sagan da UFMS, em compartilhar o conhecimento e a emoção de observar esses eventos raros. O Grande Eclipse das Américas, com sua breve interrupção de nuvens, marcou um momento inesquecível na capital de Mato Grosso do Sul.

    Redação
    Redação
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