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    Chuvas abaixo da média sinalizam seca severa e risco de incêndios no pantanal

    As projeções meteorológicas indicam um cenário preocupante para o Pantanal, com previsão de uma seca intensa este ano devido à diminuição das chuvas e ao nível mais baixo dos rios

    O Rio Paraguai, cuja régua de medição em Ladário, a 420 quilômetros de Campo Grande, é um dos indicadores mais antigos da região, mostrou que os níveis da água estão abaixo dos registrados no ano anterior, conforme relatado pela Agência Pública.

    Entre 31 de janeiro e 30 de abril deste ano, o nível do Rio Paraguai aumentou apenas 60 centímetros para 1,43 metro, em comparação com 1,18 metro para 1,82 metro no mesmo período em 2020.

    A importância das chuvas na região pantaneira é crucial para o transbordamento dos rios, que geralmente ocorre entre novembro e dezembro, dando início à cheia que se estende até abril. No entanto, a falta de chuvas esperadas diminuiu as áreas alagadas, fazendo com que o solo absorvesse grande parte da água devido ao longo período de estiagem.

    De acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), déficits de precipitações têm sido registrados, com uma média de 300 mm abaixo do esperado no período chuvoso de 2023/2024. Isso representa apenas 60% das chuvas previstas para esses meses, indicando um potencial de estiagem severa, especialmente no segundo semestre.

    Além disso, os números de focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram uma situação alarmante. De janeiro a 29 de abril, a região do Pantanal teve 646 focos de calor, um aumento de 1.033% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 57 focos. Com a aproximação do La Niña, previsto para ocorrer a partir de junho, o cenário tende a se agravar, aumentando o risco de incêndios na região.

    Redação
    Redação
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