O Pantanal, uma das mais importantes regiões de biodiversidade do mundo, está novamente sob intenso focos de incêndios. Imagens de satélite do Zoom Earth capturaram uma extensa camada de fumaça cobrindo a área pantaneira de Mato Grosso do Sul, particularmente sobre Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande
A origem dessa fumaça são os incêndios florestais que, neste ano, já devastaram 240 mil hectares.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, entre terça-feira (18) e a manhã de hoje, foram registrados 83 novos focos de calor no estado, colocando Mato Grosso do Sul em terceiro lugar no ranking nacional de queimadas nas últimas 24 horas. A maior concentração desses focos está nas cidades de Corumbá, Ladário e Aquidauana.
O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) confirmou que as imagens de satélite mostram uma fina camada de fumaça oriunda dos incêndios florestais nas proximidades de Corumbá. Apesar da nebulosidade observada nas regiões sudoeste e sudeste do estado, não há previsão de chuvas associadas.
O estado está em alerta devido à baixa umidade relativa do ar, que favorece a ocorrência de queimadas e representa um risco à saúde. As previsões indicam temperaturas de até 36°C, com umidade entre 15% e 35%. Em grande parte de Mato Grosso do Sul, já são mais de 20 dias sem chuvas significativas, sendo a última precipitação registrada em Campo Grande no dia 24 de maio.
Os ventos provenientes do nordeste contribuem para aumentar a sensação de calor, agravando ainda mais as condições climáticas adversas.
Ameaça ao Pantanal: 240 mil hectares queimados
O Pantanal já perdeu mais de 240 mil hectares para as chamas em 2024, um número alarmante que se aproxima da devastação recorde de 2020, quando mais de 4 milhões de hectares foram destruídos. Este mapeamento, realizado pela organização Ecoa através de imagens de satélite, serve como um alerta para a destruição contínua causada pelo fogo.