Neste domingo (08) mais de 3 mil famílias de diversas regiões da Capital Morena se encontraram na Praça do Rádio às 08h30 da manhã em concentração para a “Caminhada pela vida contra o aborto” de onde partiram em torno das 10h em um percurso que passou pela Rua Barão do Rio Branco contornando pela Rua Bahia e retornando para a Praça do Rádio pela Rua Dom Aquino.
Segundo a advogada Flávia Chagas, uma das organizadoras, o evento em Campo Grande foi organizado pela Rede Colaborativa em Defesa da Vida e da Família de MS, e também em outras 70 cidades do Brasil.
“Rede Colaborativa sediada no Rio de Janeiro foi criada em 2016 pela Zezé Luz, e já atua em Mato Grosso do Sul a 1 ano tem como trabalho a atuação psicossocial de assistência às mulheres que estão com desejo de praticar o aborto à darem a luz a vida que está sendo gerada e também de amparo psicológico às mulheres que passaram pelo procedimento do aborto.”
O arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara, também esteve na caminhada e falou com a nossa equipe:
“Estou gratamento surpreso com a adesão bastante significativa das pessoas que vieram aqui e trouxeram as suas crianças. Muitas mães com as suas crianças. Porque afinal de contas é a vida das crianças que está em jogo.”
Quem desejar participar das formações da Rede Colaborativa em Defesa da Vida e da Família de Mato Grosso do Sul deverá entrar em contato através do instagram. Doações deverão ser feitas através da chave pix e-mail “capacitacaoemdefesadavida@gmail.com” que estará em nome de Pâmela.
ADPF 442
Em outubro, antes de se aposentar, a então presidente do STF, aministra Rosa Weber, incluiu a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 na pauta e emitiu um voto que foi considerado histórico em apoio à descriminalização do aborto. Contudo, esse tema tem gerado forte reação de grupos conservadores, com reflexos no Congresso Nacional.
O atual presidente da suprema corte, o ministro Luís Roberto Barroso, declarou que não há planos imediatos para retomar o julgamento sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Sua recente posse no comando da mais alta instância judicial do país lhe confere a prerrogativa de definir a pauta de julgamentos. Com prudência, Barroso afirmou que ainda é necessário um aprofundado debate na sociedade antes de avançar com tal julgamento.
“Não há nenhuma previsão para marcar o julgamento sobre a descriminalização do aborto até o terceiro mês de gestação. Entendo que esse é um tema que ainda precisa de mais debate na sociedade”, disse o magistrado ao jornal Folha de São Paulo.