web analytics
Mais

    Onça que atacou e matou caseiro no Pantanal passa por reabilitação e é enviada a SP

    Após passar por um processo de reabilitação de três semanas, uma onça-pintada macho capturada no Pantanal sul-mato-grossense foi transferida na última quarta-feira (15) para o Instituto Ampara Animal, no município de Amparo (SP). O felino, que havia sido resgatado no dia 24 de abril em estado debilitado, chegou ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS), pesando 94 kg e deixou o local com 107 kg.

    O animal foi encontrado nas proximidades do pesqueiro Touro Morto, na confluência dos rios Miranda e Aquidauana, por equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) com apoio do pesquisador Gediendson Araújo, do projeto Reprocon (Reprodução para Conservação). A operação também contou com participação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), ICMBio e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

    Segundo a veterinária Aline Duarte, gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS, a onça chegou desidratada e com sinais de desnutrição. “Os exames iniciais mostraram alterações agudas, mas ao longo do tempo esses quadros se estabilizaram. Focamos em suporte nutricional e hidratação. A alimentação foi baseada em carne, com suplementação medicamentosa, como hepatoprotetores. Felizmente, não havia problemas de saúde graves”, explicou.

    Durante sua estadia no CRAS, o animal de aproximadamente nove anos foi submetido a uma série de exames, como raio-x, ultrassom e hemograma, e recebeu acompanhamento diário de uma equipe especializada em fauna silvestre pantaneira. A espécie é considerada símbolo do Pantanal e tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico do bioma.

    No novo destino, a onça viverá em um ambiente controlado e sem acesso ao público, voltado exclusivamente ao bem-estar animal. O Instituto Ampara Animal abriga atualmente oito onças – cinco pintadas e três pardas – que, assim como o novo morador, não podem mais retornar à natureza devido a impactos causados por interferência humana.

    “O espaço é projetado para se assemelhar ao habitat natural, com grandes áreas cercadas e vegetação nativa. Os recintos variam de mil a quase seis mil metros quadrados, garantindo conforto e qualidade de vida aos animais”, explicou o veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pela unidade.

    Salomão destacou ainda a importância da onça-pintada para o país. “É uma espécie emblemática, que representa a saúde ambiental e a biodiversidade do Brasil. Cada indivíduo preservado significa um passo a mais na conservação do nosso patrimônio natural.”

    A transferência do felino simboliza um esforço conjunto de diversas instituições em prol da preservação da fauna brasileira e demonstra a relevância de centros especializados como o CRAS, que se consolidam como referência no atendimento de animais silvestres da região.

    Últimas notícias

    spot_imgspot_img

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Notícias relacionadas

    spot_imgspot_img