O aumento das temperaturas e a baixa umidade relativa do ar tem gerado preocupação com a saúde, principalmente para grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
Com a influência do fenômeno climático El Niño, que eleva as temperaturas e traz mais chuvas, os termômetros têm chegado próximos aos 40°C em agosto.
Além dos riscos de hipertermia, a exposição prolongada ao calor e a baixa umidade podem levar à desidratação, insolação e exaustão devido ao calor.
O mês de agosto registrou um recorde de baixa umidade em Campo Grande, atingindo apenas 20% de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda uma faixa ideal entre 50% e 80%.
As altas temperaturas também têm impactado a saúde respiratória da população, favorecendo o surgimento de doenças pulmonares, como tosses, crises de rinite, sinusite e incômodos respiratórios.
Além disso, o tempo seco propicia a ocorrência de incêndios florestais e queimadas em áreas urbanas e rurais, agravando ainda mais os riscos à saúde.
Onda de calor na Europa
Um exemplo ocorreu em julho de 2022, quando uma onda de calor extrema na Europa resultou em mais de 61 mil mortes atribuíveis ao calor, de acordo com pesquisa publicada na revista Nature Medicine.
A maioria das vítimas era composta por mulheres com mais de 80 anos, e entre os mais jovens, os homens foram os mais afetados.
Os países mediterrâneos, onde as temperaturas são tipicamente mais altas no verão, sofreram os impactos mais severos desse evento climático.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que as autoridades e a população em geral estejam atentas às medidas de prevenção e cuidados para enfrentar os desafios impostos pelo calor extremo e preservar a saúde de todos, especialmente dos grupos mais vulneráveis.