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    Rio Paraguai e Pantanal podem ter pior seca da história de MS em 2024

    Pouca chuva e altas temperaturas preocupam autoridades e especialistas

    Rio Paraguai e Pantanal podem ter pior seca da história de MS em 2024

    O Rio Paraguai e o Pantanal enfrentam em 2024 a possibilidade iminente da pior seca já registrada no estado. Com pouca chuva e temperaturas elevadas, a situação alerta autoridades e especialistas para os impactos devastadores na região.

    O nível do Rio Paraguai, em Ladário, indica uma trajetória rumo ao seu nível mais baixo já registrado. Atualmente, a régua de Porto Esperança assinala meros 7 centímetros, sendo que 35 cm já sinalizam uma estiagem. Especialistas apontam para uma possível relação entre essa situação crítica e as mudanças climáticas, que têm afetado as temperaturas e o ciclo de chuvas na região.

    O principal alerta é que, neste período do ano, o Pantanal entra na fase de estiagem após o período de cheias, porém, os rios não atingiram os níveis esperados. O calor intenso e a escassez de chuvas estão diretamente ligados à diminuição do nível dos rios.

    Com essa irregularidade nas chuvas e a diminuição dos rios, surgem duas consequências graves: a falta de navegabilidade na hidrovia e o aumento do risco de incêndios. 

    Alerta da Marinha sobre o Rio Paraguai

    No início de março deste ano, a Marinha do Brasil emitiu um estudo técnico sobre a bacia do rio Paraguai no Pantanal, alertando para a probabilidade de o rio atingir níveis negativos nos próximos meses, repetindo o que ocorreu em 2020 e 2021.

    Com base no histórico de chuvas, a Marinha prevê um acumulado de precipitação entre 700 e 800 mm, abaixo da média histórica de 1113,3 mm. Essa situação é semelhante ao que foi observado em 2020 e 2021, quando a região enfrentou uma seca severa, resultando em incêndios florestais e baixos níveis do rio Paraguai.

    Em 2024, estima-se que o nível máximo anual do rio Paraguai ocorra entre o final de maio e o início de junho, com a cota variando em torno de 1,50 m. Quanto à cota mínima anual, espera-se que atinja valores negativos na régua de Ladário ao final do período de vazante, seguindo o padrão observado em 2020 (-0,32 m).

    Redação
    Redação
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