Um embate está sendo travado naquela que é uma das feiras culturais mais antigas de Campo Grande, a Praça Bolívia.
Hoje venho aqui como colunista e frequentador da praça há mais de 20 anos.
Eu poderia fazer um texto falando dos fudadores, dos bolivianos e dos feirantes,mais a intenção aqui não é essa, é mais profunda.
Todos sabemos que o zelo das praças é de responsabilidade do poder público e claro, dos munícipes.
Como frequentador assíduo da Praça Bolívia posso tecer alguns questionamentos com propriedade pois não faço parte de “nenhum dos dois lados da briga”.

A denominada praça leva esse nome pelas movimentações culturais promovidas pela comunidade boliviana há cerca de 20 anos atrás.
Infelizmente a gestão boliviana abandonou a praça,perceba que quando eu falo “abandonou” quero dizer na questão organizacional da feira e também nas questão de promoção de shows.
O advogado Sérgio Maydana vendo toda essa situação então “tomou a frente da praça” proporcionando nitidamente mais organização,acessibilidade e o mais importante,deu um “boom” cultural nas atrações que até então eram muito escassas.

Sabe quando você abandona seu carro em um ferro velho por anos, outra pessoa pega o que vc jogou fora, arruma, lava, pinta e depois o antigo dono quer de volta agora que está bonito?
É mais ou menos isso que está acontecendo na Praça Bolívia.

O antigo coletivo “largou mão ” de mexer com a praça,e agora que ela está “bombando” nos parece que a querem de volta,falando o português claro pra você querido leitor.
Como eu disse anteriormente sou frequentador da praça há mais de 20 anos, e não me lembro dessa briga pra saber “quem é o pai” quando o local era sujo e cheirava a mijo.
Temos que respeitar nossos irmão bolivianos que deram o pontapé inicial da praça tal como os atuais feirantes.

A verdade é que vaidade existe em todo lugar, no seu serviço, na sua família e na sociedade em geral.
A disputa atualmente é travada por uma representante boliviana e a associação de feirantes que fazem o local acontecer.
Não é porque eu cheguei no José Abraão no começo que o bairro é meu, certo?
Assim é a lógica da praça,alguns alegam “ter chegado primeiro”, porém o mérito é de quem profissionalizou o evento e o tornou mais democrático.
Fazemos votos de que essa disputa se resolva logo e seja lá quem for o vencedor que não se esqueça do maior patrimônio da Praça Bolívia: os frequentadores.
Serviço: Feira Praça Bolívia
Data : Todo segundo domingo no mês
Horário: 9h às 15h
Entrada Franca