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    Endividamento no agro explode e Rodolfo Nogueira pressiona governo por solução imediata

    Durante reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28), o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que preside a comissão, entregou pessoalmente ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, um projeto de lei que propõe a securitização das dívidas dos produtores rurais.

    O parlamentar fez um apelo ao governo para que atue com urgência na renegociação dos débitos acumulados pelos trabalhadores do campo. Segundo ele, o endividamento atinge níveis alarmantes, agravado por safras frustradas desde 2021 e pela demora na liberação do Plano Safra 2025.

    “O agro não aguenta mais esperar. A falta de crédito e o acúmulo de dívidas estão levando produtores à depressão. Só no Rio Grande do Sul, 16 agricultores já tiraram a própria vida. A situação é gravíssima e atinge diretamente a saúde mental dos produtores e a economia das regiões agrícolas”, alertou Nogueira.

    Ele também destacou que Mato Grosso do Sul vive uma das piores crises do setor, resultado de anos consecutivos de estiagem e perdas nas lavouras. Dados do Serasa apresentados por Nogueira mostram que os pedidos de recuperação judicial cresceram mais de 600% no estado. “Quatro em cada dez recuperações judiciais no país vêm de MS e MT. É um sinal claro de que o setor não suporta mais”, reforçou.

    Outro ponto criticado pelo deputado foi o aumento do IOF, que, segundo ele, agrava ainda mais a situação dos produtores já endividados com bancos, cooperativas e fornecedores.

    “O produtor rural não quebra sozinho. Quando ele perde, quebra o comércio, a cooperativa, os transportadores e toda a economia local. No interior de Mato Grosso do Sul, o agro representa praticamente 100% da economia dos municípios”, destacou.

    Ao finalizar sua fala, Nogueira afirmou que a securitização não é um favor, mas uma necessidade urgente diante da maior crise enfrentada pelo setor nos últimos anos. Ele pediu ao ministro que atue junto ao Ministério da Fazenda para viabilizar a medida.

    “O plantio não espera. O agro não pode parar. Esses homens e mulheres que garantem o alimento do país precisam de resposta agora”, concluiu.

    O projeto foi oficialmente entregue ao ministro e agora será analisado nas demais comissões da Câmara.

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