Mesmo sem regras definidas pelo Banco Central (BC), o PIX já é aceito como forma de pagamento em alguns países.
O BC ainda não tem previsão de lançamento do PIX internacional, que permitirá o uso da ferramenta de forma ampla no exterior.
A nova lei cambial, vigente desde o início de 2023, facilitou a liberalização do mercado de câmbio brasileiro.
“O BC acompanha as discussões para interligar sistemas de pagamentos de diferentes países, o que viabilizará pagamentos transfronteiriços mais ágeis e práticos no futuro”, informou a instituição. No entanto, a implementação do PIX internacional depende da cooperação entre várias jurisdições.
Atualmente, turistas relatam a aceitação do PIX em lojas de países como Argentina, Estados Unidos, Portugal, Uruguai, Chile e França.
Para realizar pagamentos via PIX no exterior, basta ter uma conta no Brasil e cadastrar uma chave PIX. A vantagem do PIX é a previsibilidade, pois a operação de câmbio é fechada no ato da compra, debitando o valor em reais da conta do cliente.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, mencionou a possibilidade futura de conectar o PIX com o sistema Nexus, uma plataforma desenvolvida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) para transferências rápidas entre países.
De acordo com um relatório do BIS, mais de 70 países já possuem sistemas de pagamento instantâneo, mas apenas dentro de suas fronteiras.
O projeto Nexus é uma prioridade do G20 para melhorar pagamentos transfronteiriços, visando rapidez, custo baixo, transparência e acessibilidade. O BIS destaca que alguns países já começaram a conectar seus sistemas de pagamento, como Singapura e Tailândia.
Além do PIX internacional, a moeda digital brasileira (DREX) também facilitará pagamentos no exterior, especialmente para comércio internacional.