A Suzano começou dia 21, às 20h15, as operações da maior linha única de produção de celulose do mundo, localizada em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
A fábrica tem capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose e representa um investimento total de R$ 22,2 bilhões. Desse montante, R$ 15,9 bilhões foram direcionados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística.
Com a nova unidade, a capacidade de produção de celulose da Suzano aumentou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, um crescimento de mais de 20%. A empresa também produz 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis diversos.
A construção da unidade, anunciada em maio de 2021, gerou mais de 10 mil empregos diretos no pico das obras e atualmente emprega cerca de 3 mil pessoas nas atividades industrial, florestal e de logística.
Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), destacou a importância do empreendimento: “Mato Grosso do Sul teve uma grande vitória estratégica no desenvolvimento do Vale da Celulose com a startup do projeto Cerrado.”
O presidente da Suzano, Beto Abreu, ressaltou a dedicação e a excelência envolvidas na conclusão do projeto: “A conclusão do Projeto Cerrado reflete a capacidade de execução e a cultura de excelência da Suzano, liderada por Walter Schalka.”
A fábrica traz benefícios socioeconômicos significativos para Ribas do Rio Pardo e região. Ambientalmente, possui o menor raio médio estrutural entre as operações da Suzano, com 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, reduzindo custos logísticos e o impacto ambiental.
Utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa, restringindo o uso de combustíveis fósseis a momentos de partida e retomada de produção, e é autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW).
O projeto também promoveu a qualificação da mão de obra local, capacitando mais de 1,3 mil pessoas para operações industriais e florestais, e cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local em setores como comércio e serviços, em parceria com Senai e Senac.
Além do investimento na fábrica, a Suzano destinou mais de R$ 300 milhões para iniciativas sociais e de infraestrutura, como construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
O Programa de Infraestrutura Urbana, parte do Plano Básico Ambiental (PBA), incluiu a ampliação do Hospital Municipal e a construção de diversas instalações de saúde, segurança e acolhimento social.
O Projeto Cerrado é o maior ciclo de investimentos da história da Suzano, que investirá R$ 16,5 bilhões em 2024, após desembolsar mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023.
O secretário Verruck concluiu: “Para o Estado, hoje é um dia de comemorar a geração de empregos de qualidade, a expansão econômica e a consolidação da nossa estratégia de competitividade nas cadeias produtivas.”