Em entrevista à Rádio Hora nesta quarta-feira, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), expressou sua decepção com a aliança entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Valdemar da Costa Neto (PL), Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) em apoio ao pré-candidato Beto Pereira (PSDB). Coronel Portela, presidente do PL em Mato Grosso do Sul, também declarou apoio a Pereira.
Adriane revelou que esperava o apoio de Bolsonaro, resultado de um acordo entre Tereza Cristina e o ex-presidente. No entanto, a prefeita foi surpreendida pela mudança de posição de Bolsonaro após conversas em Brasília com Riedel e Reinaldo.
“Acordos na vida são feitos para serem cumpridos. Eu sou mulher e, quando dou minha palavra, eu cumpro. Esse foi um acordo quebrado e, talvez por eu e Tereza Cristina sermos mulheres, ficou mais fácil quebrar este acordo na política”, disse Adriane.
Apesar da decepção, Adriane, que buscará a reeleição, reafirmou seu compromisso com os eleitores de direita em Campo Grande. “Os conservadores de Campo Grande têm uma alternativa.
Vamos seguir firmes, trabalhando, avançando. Acredito muito na força do trabalho e na proposta que estamos fazendo para nossa cidade. Campo Grande não pode retroceder.”
A prefeita destacou que, embora as decisões partidárias tenham peso, a escolha final cabe aos eleitores. “Uma coisa são as decisões partidárias, mas as pessoas de Campo Grande são livres para fazerem suas escolhas. O eleitorado de Campo Grande não tem dono.
Estamos em uma democracia. Os partidos podem tomar decisões, mas esqueceram que as pessoas não estão à venda.”