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    Arregona do Bairro? Candidata do PT foge de debate com bolsonarista em Campo Grande

    Em uma cena que mais parece saída de um reality show, o grupo de WhatsApp “Cenário Político 2024” virou palco para um embate entre duas candidatas a vereadora em Campo Grande: Vivi Tobias, conhecida ativista de direita e apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Mara Dalila Cardi, popularmente chamada de Mara do Bairro, militante de esquerda e defensora ferrenha do presidente Lula

    Mara Dalila Cardi a Mara do Bairro (à frente) não topou debater com Vivi Tobias (ao fundo) | Imagem: Reprodução Instagram

    O confronto entre as duas, que começou em junho durante um protesto contra o Projeto de Lei 1904/24, ganhou novos capítulos nas últimas semanas. O evento, que já era carregado de tensão, viu Mara acusar Vivi de “apoiar estuprador” em um momento de pura serenidade e autocontrole que só um debate político poderia proporcionar. Desde então, as trocas de farpas entre as duas não cessaram.

    Mara chamou Vivi Tobias de “Cafona”, Vivi respondeu dizendo que “Feminismo é isso, a feminista atacando uma mulher conservadora e chamando ela de cafona. Sempre uma feminista atacando outra mulher, discurso hipócrita o de vocês”

    “Sou feminista do futebol, casada há 20 anos, mãe de 2 jogadores, cristã, dançarian do É O Tchan, de chamamé, tudo que você inveja”, retrucou Mara.

    Em meio a insultos e provocações, o jornalista Mayke Villalba decidiu oferecer um palco mais adequado para o confronto, convidando ambas para um debate no programa Hora do Contribuinte na Rádio 106 FM. Vivi Tobias, sempre disposta a defender suas convicções, prontamente aceitou, mas não sem perguntar se haveria segurança no local – afinal, ninguém quer que uma discussão política termine em algo mais físico, certo?

    Por outro lado, Mara do Bairro, em um gesto que alguns podem chamar de estratégico e outros de puro pragmatismo, recusou o convite, alegando que só se disporia a comparecer mediante pagamento. Afinal, quem disse que ideias valem mais do que cachê? “Quer a Mara do Bairro? Pague que eu vou,” disse a petista, numa clara demonstração de que, para ela, tempo é dinheiro.

    “Deixa essa Vivi conservadora. Conserva o que? Ela conserva o nome da Mara do Bairro não dorme mais pensando no meu nome.
    Eu vou ensinar pra ela o que é bíblia. Eu fui pastora de quatro igrejas, três sendo pela Assembleia de Deus, Mato Grosso aqui da Afonso Pena e uma no interior. Vai perguntar quem sou eu, nos templo da Igreja. Agora essa mulher aí só veste roupa cumprida e a língua tá maior que a saia”, disse Mara.

    Como era de se esperar, Vivi Tobias não deixou a oportunidade passar e respondeu à recusa de Mara com um toque de sarcasmo, apelidando a adversária de “Pastora de Taubaté”. A ironia pareceu cair como uma luva, especialmente após Mara afirmar que iria ensinar Vivi “o que é bíblia” – uma lição que, aparentemente, virá com um custo.

    Nos bastidores, o clima também ferve. Bruno Ortiz, conhecido como Manequim de Tucano, entrou na briga, chamando Mara de “mercenária”. Para quem já foi pastora de quatro igrejas, três delas pela Assembleia de Deus, Mara parece estar se especializando em mais uma arena: a dos debates políticos remunerados.

    Enquanto o confronto se intensifica, a campanha para vereadora em Campo Grande se torna cada vez mais um espetáculo à parte, com personagens que parecem saídos de uma novela, prontos para entreter – e, quem sabe, até governar.

    Por enquanto, só nos resta assistir, torcer, e quem sabe, até pagar ingresso. Afinal, quem disse que política não pode ser entretenimento?

    Redação
    Redação
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