Em uma entrevista coletiva realizada ontem à tarde, o ex-governador André Puccinelli (MDB) anunciou oficialmente sua desistência da pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande na eleição do próximo dia 6 de outubro. Esta é a terceira vez que Puccinelli desiste de uma candidatura significativa.
A primeira desistência ocorreu em 2002, quando ele optou por não concorrer ao cargo de governador contra Zeca do PT, que buscava a reeleição. Na ocasião, Puccinelli indicou a ex-senadora Marisa Serrano, que foi derrotada. Em 2020, Puccinelli lançou o deputado estadual Márcio Fernandes para disputar a prefeitura de Campo Grande, mas novamente seu candidato foi derrotado.
Puccinelli citou a falta de apoios estruturais e políticos necessários como principal razão para sua decisão. Ele destacou interferências do União Brasil, que bloquearam a parceria com o Solidariedade, além de dificuldades com o PL.
“Com o MDB, PL e Solidariedade, o apoio político seria suficiente”, afirmou. Após conversas com lideranças nacionais dos partidos, Puccinelli concluiu que o apoio político era insuficiente.
Puccinelli não descarta disputar um cargo eletivo em 2026, possivelmente para senador, deputado federal ou estadual. Ele reafirmou seu compromisso com a aliança entre MDB e PSDB para 2026, estabelecida em reunião no ano passado.
Sobre a possibilidade de sua filha, Denise Puccinelli, ser vice-candidata, ele descartou essa opção, afirmando que ela está fora da política e que o vice deve ser alguém que agregue valor qualitativo e quantitativo à chapa.