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    Canal de Denúncias do PL Mulher apoiado por Michelle Bolsonaro pode desestabilizar alianças com PSDB em MS

    Uma nota oficial publicada pelo perfil do PL Mulher no Instagram, em conjunto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, tem gerado turbulência dentro do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul

    PL Mulher cria Canal de Denúncias com apoio de Michelle Bolsonaro | Imagem: Montagem Fato67

    O comunicado anunciou a abertura de um canal de denúncias para que os eleitores possam relatar coligações e alianças formadas pelo PL com partidos de esquerda nas eleições de 2024. Essa iniciativa visa fiscalizar as alianças municipais e garantir que o partido mantenha sua postura ideológica, alinhada aos valores conservadores defendidos pelo grupo.

    A abertura desse canal de denúncias gerou questionamentos entre apoiadores e candidatos do PL em Mato Grosso do Sul, especialmente após o partido ter decidido apoiar Beto Pereira (PSDB) para a prefeitura de Campo Grande. O PSDB, que faz parte da Federação PSDB Cidadania, tem histórico de aproximações com partidos de esquerda, o que causa desconforto entre os eleitores mais conservadores do PL.

    Nota oficial do PL Mulher abrindo canal de denúncias | Imagem: Montagem Fato67

    Vale lembrar que o Cidadania, atual nome do partido, nasceu como Partido Popular Socialista (PPS), uma sigla criada por lideranças do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1992. A relação histórica do PSDB com a esquerda também é evidenciada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se declara de esquerda, e por Aloysio Nunes, ex-candidato a vice-presidência pelo PSDB em 2014, que afirmou em entrevista que o PSDB é mais de esquerda que o PT.

    Além do PSDB, outro partido de esquerda que deverá compor chapa com o PL em Campo Grande é o PSB (Partido Socialista Brasileiro), intensificando as preocupações dentro do PL.

    Procurados pelo Fato67, tanto a presidente estadual do PL Mulher, Mariana Amaral, quanto Ana Portela, presidente municipal do PL Mulher de Campo Grande, não retornaram para comentar como a nota e o canal de denúncias poderiam impactar essas alianças locais. O presidente estadual da sigla, Tenente Portela, também foi contatado, mas até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta.

    Na nota oficial, a Presidente Nacional do PL Mulher reiterou a proibição de coligações com partidos de esquerda, afirmando que a medida é fundamental para evitar que o Brasil siga um caminho semelhante ao da Venezuela, que atualmente vive sob um regime ditatorial. O canal de denúncias estará aberto até o dia 15 de agosto e receberá relatos que serão analisados pela estrutura partidária responsável.

    A situação coloca em xeque o futuro das alianças do PL em Mato Grosso do Sul, especialmente em Campo Grande, onde o partido está se alinhando com o PSDB, levantando dúvidas sobre a manutenção desses acordos diante da fiscalização rigorosa promovida pelo canal de denúncias.

    Redação
    Redação
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