A recente declaração de Beto Figueiró, ex-candidato à prefeitura de Campo Grande pelo Partido Novo, trouxe à tona divisões internas no partido. Durante uma troca de mensagens com Fernando Moraes, presidente municipal do DC, Figueiró afirmou que o Novo ou integrantes do partido teriam “se vendido” e apoiado Rose Modesto, do União Brasil, desde o primeiro turno das eleições. A acusação sugere que parte dos filiados já estava comprometida com a candidatura de Rose, mesmo antes de o partido adotar oficialmente uma postura de neutralidade na disputa
No diálogo, Moraes rebateu a acusação, alegando que o apoio a Rose não representava uma venda, ao que Figueiró respondeu de forma enfática: “Se venderam sim. Estavam com ela desde o primeiro turno.” A divergência expõe um racha no Novo, com uma parte do grupo alinhando-se à candidata do União Brasil, enquanto outra, liderada por Figueiró, opta por apoiar Adriane Lopes (PP) no segundo turno.
Figueiró, que obteve 10.885 votos no primeiro turno, representa uma corrente mais alinhada com a candidatura de Adriane Lopes, que tem o apoio de figuras de peso na direita nacional, como Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro. A opção do ex-candidato em manifestar apoio à atual prefeita no segundo turno busca reforçar a continuidade de uma gestão identificada com pautas conservadoras.
