A Prefeitura de Campo Grande inaugurou nesta segunda-feira (5), às 14h, a Sala da Mulher Empreendedora, espaço instalado na sede da Secretaria Executiva da Mulher (SEMU), localizada na Rua 15 de Novembro, 1373, no Centro da capital. A iniciativa é fruto da parceria entre a Prefeitura, o Sebrae/MS e a própria Secretaria da Mulher, com o objetivo de oferecer apoio técnico e fortalecer o empreendedorismo feminino na cidade.
Durante a inauguração da Sala da Mulher Empreendedora, a secretária executiva da Mulher, Angélica Fontanari, destacou que o espaço nasce com o propósito de oferecer suporte técnico e emocional para que mulheres consigam iniciar ou fortalecer seus negócios. Segundo ela, serão ofertados cursos voltados à gestão financeira, formalização e estruturação de empresas, com inscrições disponíveis tanto pela internet quanto na sede da Secretaria.
Fontanari ressaltou ainda que a capacitação será descentralizada, alcançando os bairros em parceria com a assistência social. “Queremos evitar que a mulher desista no meio do caminho. Nosso objetivo é fortalecê-la para que avance, gere renda e conquiste independência”, disse. Ela também apresentou um dado alarmante: segundo o dossiê da SEMU de 2024, 70% das mulheres vítimas de violência doméstica têm entre 20 e 41 anos, e mais de 20% são totalmente dependentes financeiramente do agressor. “A Sala da Mulher Empreendedora é uma política pública que sai das quatro paredes para alcançar essa mulher e ajudá-la a romper o ciclo da violência. E aquelas que não são vítimas, mas querem empreender, também encontrarão aqui o apoio necessário para prosperar e viver com dignidade”, completou.
Durante a solenidade, a prefeita Adriane Lopes destacou a importância da nova estrutura como símbolo da transformação das políticas públicas voltadas às mulheres: “Queremos que a Sala da Mulher Empreendedora deixe de ser apenas uma política no papel e se torne um instrumento real de mudança. Campo Grande dá esse passo à frente para garantir oportunidades concretas, especialmente para aquelas que desejam sair da informalidade e conquistar independência financeira”, afirmou.
Adriane também propôs a ampliação do projeto para outras cidades de Mato Grosso do Sul, enfatizando a relevância de torná-lo uma política de Estado: “Hoje damos o primeiro passo, mas queremos levar essa experiência para o interior. Temos 13 prefeitas mulheres no Estado e queremos que conheçam essa iniciativa.”
A vice-prefeita Dra Camilla Nascimento reforçou o compromisso da gestão municipal com o protagonismo feminino: “Essa parceria é mais que um sonho, é uma realização, estamos aqui para potencializar o talento das mulheres de Campo Grande e garantir que seus sonhos se tornem realidade. Nosso foco é oferecer meios para que elas sejam profissionalizadas e conquistem o futuro que desejam para si e para suas famílias.”
O superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, também destacou o papel pioneiro da instituição no apoio a empreendedoras. Segundo ele, o Sebrae de Mato Grosso do Sul foi o primeiro do Brasil a criar um programa com abordagem específica para mulheres: “Há 15 anos trabalhamos com essa diferenciação de gênero. A Sala da Mulher Empreendedora é mais uma prova do nosso comprometimento com a valorização feminina no mundo dos negócios”, disse.
Para Vivi Tobias, servidora da Secretaria Executiva da Mulher de Campo Grande, ser uma mulher empreendedora é atuar com propósito e base sólida em valores como integridade, responsabilidade e respeito.
Segundo ela, empreender é uma forma de exercer um papel ativo na sociedade, contribuindo para o bem-estar coletivo, fortalecendo a estrutura familiar e construindo um legado por meio do trabalho honesto e comprometido.
O sucesso, na visão de Vivi, vai além do retorno financeiro, ele está na capacidade de transformar realidades e gerar impacto positivo e duradouro.
Essa é a terceira sala do tipo no país e a primeira instalada na região Centro-Oeste, marcando um avanço importante na consolidação de políticas públicas para a inclusão produtiva de mulheres.
Essa é a terceira sala do tipo no país e a primeira instalada na região Centro-Oeste, marcando um avanço importante na consolidação de políticas públicas para a inclusão produtiva de mulheres.
