Neste sábado (3), uma manifestação liderada por torcedores do Operário clamou pela conclusão das obras e reabertura do Estádio Morenão, em Campo Grande. O movimento, que teve início às 14h30 na rotatória de acesso à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) nas próximidade do Estádio Universitário Pedro Pedrossian (Morenão), reuniu cerca de 50 pessoas, incluindo membros das torcidas organizadas Garra Operariana, Esquadrão, Torcida Organizada 77, Revolução Operariana e Galo Chopp.
Os torcedores, munidos de faixas de protesto, exigiram a imediata liberação do Estádio Morenão para a realização de jogos e o retorno da torcida às arquibancadas. A faixa levantada no viaduto questionava: “Cadê o dinheiro da reforma?”, recebendo o apoio de veículos que passavam pelo local.
O presidente do Operário, Nelson Antônio da Silva, em nota oficial, declarou apoio ao movimento, destacando o caráter democrático e ordeiro da manifestação, embora tenha ressaltado que o clube não participaria diretamente do evento.
Durante a mobilização, alguns torcedores compartilharam suas frustrações. Marcelo Neguinho questionou o destino dos recursos destinados à reforma do estádio, enquanto Wanessa expressou preocupação com o impacto da falta de conclusão das obras nos clubes e na tradição do futebol em Mato Grosso do Sul.
“Cadê o dinheiro do Morenão, dessa reforma? O estádio lá das Moreninhas fica ruim pros atletas. O campo tá feio pra car#… entendeu? Uma capital de 1 milhão de habitante não ter estádio. Você vai ai pelo interior, tem. Uma vergonha”, ressalta Marcelo.
“O estádio Morenão é uma arena de futebol pra nós e a gente está vendo que está sendo esquecido. Já foi destinada a verba pra essa reforma e a gente ainda não teve respostas concretas de como está o andamento. Já faz mais de 1 ano que está nessa reforma. A gente precisa de uma posição, ou do Ministério Público ou FAPEC que é a Reitoria da Universidade Federal (UFMS) responsável pelo estádio. Hoje temos o estádio da Moreninha, porém as condiçoes de gramado interfere muito na questão dos jogadores, porque eles que correm risco de lesão na condição que se encontra.”
O atacante do Operário, Matheus Bidick, também se pronunciou sobre as condições precárias do gramado do Estádio das Moreninhas (Jacques da Luz), utilizado como alternativa pelos times de Campo Grande devido ao fechamento do Morenão. Bidick ressaltou os desafios enfrentados pelos atletas e a importância de um campo em boas condições para o espetáculo esportivo.
“O estádio das Moreninhas tem sido um dos obstáculos que temos vivenciado, jogar ali tem sido ruim pro espetáculo num geral. Todos gostam de assistir um jogo bem jogado. É ruim pro atleta, ruim pro torcedor que gosta de um jogo de qualidade, de intensidade alta. O gramado limita tudo e todos, fora que o atleta fica muito mais exposto as lesões do que ficaria em um gramado de boas condições.” comenta o atleta.
O último jogo realizado no Estádio Morenão foi em abril de 2022, e desde então, os times de Campo Grande que disputam o Campeonato Estadual têm sido obrigados a dividir o Estádio das Moreninhas para seus jogos. A situação tem gerado desconforto entre os clubes e torcedores, que anseiam pelo retorno do futebol ao emblemático Estádio Morenão.