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    Crise em Amambai: Servidores foragidos e vereador detido

    Prefeitura de Amambai | Foto: Reprodução site da prefeitura de Amambai

    A cidade de Amambai, em Mato Grosso do Sul, continua sob os impactos da Operação Laços Ocultos conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). Treze dias após a ação que visou desmantelar uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações públicas e corrupção, servidores municipais permanecem foragidos, enquanto outros já enfrentam medidas judiciais.

    Jucélia Barros Rodrigues, gerente de convênios da prefeitura, e o empresário Júlio Arantes estão entre os procurados pela polícia. A reportagem apurou que, mesmo após o decorrer desse período, as autoridades ainda não conseguiram localizá-los.

    Vereador Valter de Brito com a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann | Foto: Reprodução site da prefeitura de Amambai

    O vereador Valter de Brito, líder do prefeito, encontra-se detido e foi afastado de suas funções pela Câmara Municipal nesta semana. A polícia também realizou busca e apreensão em propriedades e escritórios relacionados a outras figuras públicas, como o vereador Geversom Vicentim, secretários municipais e o engenheiro Maurício Sartoretto Martinez.

    Edinaldo Bandeira (PSDB-MS), prefeito de Amambai

    O prefeito, Dr. Bandeira (PSDB-MS) adotou uma postura cautelosa, afirmando que aguardará a decisão da justiça antes de tomar qualquer providência contra servidores ou empresas envolvidas. A denúncia precisa ser analisada de maneira criteriosa antes de se tomar medidas administrativas.

    Os desdobramentos da Operação Laços Ocultos envolveram 6 mandados de prisão preventiva e 44 mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo Amambai, Campo Grande, Bela Vista, Naviraí e Itajaí/SC. A organização criminosa, que atua há anos, focava em fraudar licitações públicas para obras e serviços de engenharia, principalmente em Amambai.

    Os valores dos contratos obtidos ilicitamente nos últimos seis anos ultrapassam a marca de 78 milhões de reais. O Ministério Público, por meio de perícias de engenharia e análises técnicas, identificou superfaturamento e inexecução parcial em diversas obras fiscalizadas pelos órgãos responsáveis.

    A nota divulgada pelo MPE destaca ainda que foram identificados pagamentos de propina por parte das empresas envolvidas no esquema, visando beneficiar agentes políticos e servidores públicos municipais encarregados da fiscalização das obras. O caso representa não apenas uma questão jurídica, mas também coloca em foco a importância da transparência e integridade na gestão pública, aspectos fundamentais para o desenvolvimento sustentável e a confiança da comunidade. A sociedade aguarda por respostas e a justiça segue seu curso para trazer clareza a esse complexo cenário de corrupção.

    Redação
    Redação
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