O prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), anunciou medidas administrativas para enfrentar uma dívida de R$ 169 milhões herdada da gestão anterior, liderada por Alan Guedes (Progressistas).
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Entre as ações está a redução de cargos comissionados, com a demissão de cerca de 700 funcionários e a manutenção de menos de 100 em funções estratégicas.
A atual administração identificou, já no primeiro dia de mandato, que R$ 156 milhões da dívida correspondem a débitos previdenciários.
Além disso, há R$ 13 milhões em “restos a pagar”, referentes a despesas empenhadas pela gestão anterior, e R$ 9 milhões em encargos e consignações da folha salarial de dezembro. A Fundação de Serviços de Saúde (Funsaud) também acumula uma dívida de R$ 1,25 milhão.
A secretária de Fazenda, Suelen Nunes Venâncio, destacou que, até 15 de janeiro, o município dispunha de R$ 14 milhões em caixa, enquanto os compromissos financeiros de janeiro somavam R$ 58,6 milhões, sendo R$ 52 milhões destinados à folha de pagamento e seus encargos.
Diante desse cenário, faltavam R$ 38 milhões para equilibrar as contas.
O setor da saúde foi um dos mais afetados pela gestão anterior. Os funcionários da Funsaud não receberam os salários de dezembro, que só foram pagos em 15 de janeiro.
Além disso, toda a diretoria da fundação foi exonerada sem o pagamento da última folha salarial do ano. A prefeitura anunciou que a fundação passará por uma auditoria para apurar a situação.