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    Empresa de mineração é acusada de causar danos ambientais e mortes de animais em MS

    O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito para investigar a empresa Vetria Mineração S/A

    Empresa de mineração é acusada de causar danos ambientais e mortes de animais em MS

    O procedimento foi feito após denúncias de que o trânsito de veículos da empresa estaria levantando “poeira contaminada por minério de ferro”, resultando em danos à saúde e morte de animais na área rural de Corumbá, distante 428 quilômetros de Campo Grande.

    O inquérito, instaurado pelo promotor Pedro de Oliveira Magalhães, da 2ª promotoria de Corumbá, foi publicado no Diário Oficial do MPMS nesta segunda-feira (22), com pedido de perícia na área afetada pela denúncia.

    A denúncia foi feita pela empresa Pró-Lavoura Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, sediada em Ponta Porã e proprietária da Fazenda São Lucas do Monjolo, localizada na Estrada Maria Coelho, próxima da BR-262.

    De acordo com a denúncia, o intenso trânsito de máquinas e caminhões da Vetria Mineração na estrada de terra estaria levantando poeira contaminada por minério de ferro, tornando a região insalubre tanto para animais como para as famílias locais. A empresa alega que isso já teria causado a morte de bovinos na região.

    O MPMS solicitou à Vetria Mineração informações sobre as medidas adotadas para mitigar o problema, e a empresa respondeu que realiza a umectação das vias de acesso, incluindo a estrada da Fazenda São Lucas do Monjolo, através do uso de caminhão-pipa. No entanto, a Pró-Lavoura contesta, argumentando que tais medidas são insuficientes para resolver os problemas de poluição e saúde pública na região.

    O promotor encaminhou ofício ao Instituto de Meio Ambiente Estadual (Imasul) para que investigue possíveis infrações ambientais no prazo de 90 dias. Além disso, a coordenadoria regional de perícias do Imasul foi acionada para realizar uma vistoria na estrada de acesso à Mina Monjolinho, enquanto o Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução (Daex) também investiga possíveis danos ambientais na área.

    Este caso levanta preocupações sobre o impacto ambiental do tráfego de veículos pesados em estradas próximas a áreas rurais, como também evidenciado na situação da MS-450, em Aquidauana, onde a empresa Suzano está operando tritrens para o escoamento de carga de eucalipto. Ambientalistas e membros da comunidade expressam preocupações semelhantes sobre possíveis danos ambientais e morte de animais na região.

    Em resposta às preocupações levantadas, a Suzano afirmou ter mantido diálogo com as comunidades locais e órgãos públicos antes do início das operações na MS-450. A empresa destacou a implementação de melhorias na sinalização de trânsito e a gestão ativa da frota para garantir a segurança e eficiência do tráfego.

    Redação
    Redação
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