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    Boca de urna: partido de direita lidera eleições na França

    Pesquisas apontam que legenda comandada por Marine Le Pen terá 34% dos votos em 1º turno de eleição antecipada ao Parlamento

    Boca de urna: partido de direita lidera eleições na França

    O partido de direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu na frente no primeiro turno das eleições parlamentares francesas neste domingo (30), mostraram as pesquisas de boca de urna, mas o resultado final imprevisível dependerá de dias de negociação antes do segundo turno da próxima semana.

    As pesquisas estimam o RN com cerca de 34% dos votos, segundo levantamentos diferentes feitos por Ipsos, Ifop, OpinionWay e Elabe.

    A taxa é maior do que a dos rivais esquerdistas — numa coalizão que incluí a esquerda radical — e centristas, com a aliança Juntos do presidente Emmanuel Macron, cujo bloco deve ficar com 20,5% a 23% dos votos. A Nova Frente Popular, uma coligação de esquerda montada às pressas, deveria obter cerca de 29% dos votos, mostraram as sondagens.

    Os resultados da votação com grande participação, que estavam em linha com as sondagens antes das eleições, forneceram pouca clareza sobre se o RN anti-imigrante e eurocético será capaz de formar um governo ao lado do pró-UE Macron.

    Falta agora uma semana de negociação política antes do segundo turno de 7 de julho. O resultado final dependerá de como os partidos decidirem unir forças em cada um dos 577 círculos eleitorais de França para a segunda volta. No passado, os partidos de centro-direita e centro-esquerda de França uniram-se para impedir que o RN tomasse o poder, mas essa dinâmica, chamada de “frente republicana” na França, é menos certa do que nunca.

    A decisão do presidente francês, este mês, de convocar eleições antecipadas mergulhou o seu país na incerteza política, enviou ondas de choque por toda a Europa e provocou uma venda de ativos franceses nos mercados financeiros.

    Pária de longa data, o RN está agora mais perto do poder do que nunca. Le Pen procurou desintoxicar um partido conhecido pelo racismo e pelo antissemitismo, uma tática que funcionou num contexto de raiva dos eleitores contra Macron, do elevado custo de vida e das crescentes preocupações com a imigração.

    Redação
    Redação
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