O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava no avião que caiu na Rússia na tarde desta quarta-feira (23)
Aviões modernos não caem do céu como ocorreu na tarde desta quarta-feira (23) com o jato que transportava o líder de um grupo mercenário que ousou se rebelar contra Vladimir Putin.
Não caem, a menos que ocorra algo extremamente catastrófico. E algo de proporções tão catastróficas a ponto de fazer um avião se tornar uma pedra nunca aconteceu com o Legacy 600, fabricado pela Embraer e operado por Yevgeny Prigozhin, o líder mercenário.
Prigozhin continuava realizando voos dentro e fora da Rússia, mesmo após ter sido chamado por Putin de traidor da pátria. No código segundo o qual Putin opera, traidores da pátria são sentenciados à morte.
Até o momento, nenhum dos opositores de Putin conseguiu escapar. Aqueles que sobraram acabaram encarcerados. A eficácia que o presidente russo demonstrou ao eliminar adversários não se fez presente na brutal invasão da Ucrânia.
Foi Putin quem decidiu aniquilar uma nação vizinha, cujo direito de existência é negado pelo presidente russo. Entretanto, na cúpula dos Brics, que conta com a presença de Lula, ele reiterou que a responsabilidade pela guerra recai exclusivamente sobre o mundo ocidental.
Como se a agressão russa e a violação de todos os princípios da ONU fossem atos defensivos por parte de Moscou, quando, na verdade, se trata de uma guerra imperial.
Os Brics pretendem expandir-se sob a influência da China, rumando em direção a uma ampla aliança heterogênea que desafiará os Estados Unidos. A Rússia é um dos países mais proeminentes nessa aliança, sendo Putin uma das suas figuras centrais.
Na política internacional, não é possível escolher apenas as melhores companhias, mas é possível selecionar quem se chama de amigo.