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    Quem é Freddy Superlano, líder venezuelano sequestrado?

    Partido de oposição a Nicolás Maduro denuncia sequestro de dirigente

    Quem é Freddy Superlano, líder venezuelano sequestrado?

    Freddy Francisco Superlano é um político do partido Voluntad Popular. Nesta terça-feira (30), a legenda fez uma publicação nas redes sociais mostrando um vídeo do momento em que o dirigente partidário teria sido sequestrado por agentes do governo.

    O político tem um histórico de embates com o governo Nicolás Maduro e já teve a eleição cassada pelo Conselho Nacional Eleitoral do país.

    Superlano recusou a indicação às primárias presidenciais da oposição venezuelana em favor de María Corina Machado, da organização Vente Venezuela. Superlano é o fundador desse partido em Barinas, seu estado natal. Estudou duas licenciaturas, engenharia de sistemas e educação, e dedicou-se ao ensino por mais de 15 anos. Posteriormente, concluiu o mestrado em gestão e liderança educacional.

    Superlano, 47 anos, é casado com Aurora Silva e pai de seis filhos.

    Atualmente é coordenador nacional da Voluntad Popular e assumiu a candidatura para substituir o ex-presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que em abril passado foi aos Estados Unidos argumentando que foi vítima de perseguições e relatando ameaças contra ele e sua família.
    Em 2015 foi eleito deputado por Barinas, quando a oposição venceu por maioria a Assembleia Nacional, onde assumiu a presidência da Comissão Permanente de Fiscalização durante o período de 2018 e 2019.

    Em 2017 foi candidato ao governo de Barinas, mas foi derrotado por Argenis Chávez, irmão do falecido presidente Hugo Chávez. Superlano questionou esses resultados.

    Em 2019, durante uma tentativa de levar ajuda humanitária para o território venezuelano, que não teve autorização do governo Maduro, esteve envolvido num incidente confuso em que tanto ele como o seu primo e assistente relataram terem sido drogados por duas mulheres. Um membro de sua família perdeu a vida como resultado do incidente.

    Em 2021, concorreu novamente ao governo de Barinas e embora num primeiro boletim o Conselho Nacional Eleitoral tenha anunciado que Argenis Chávez estava na frente, após completar a contagem dos minutos, uma semana depois foi anunciada a vitória de Superlano. Contudo, o Supremo Tribunal de Justiça, surpreendentemente, informou que ele estava inabilitado para exercer cargos públicos e que as eleições deveriam ser repetidas.

    De acordo com a decisão do mais alto tribunal do país, que citou números do Poder Eleitoral, Superlano obteve 37,6% contra 37,21% do candidato do governista Partido Socialista Unido da Venezuela. A CNE não deu explicações sobre como conseguiu registar a candidatura, fazer campanha e chegar ao dia das eleições caso fosse desclassificado.

    Redação
    Redação
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