Neste domingo (6), os franceses foram às urnas para o segundo turno das eleições legislativas, consideradas as mais importantes do país em décadas.
O partido de extrema direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, tem a chance de conquistar a maioria legislativa pela primeira vez, mas o resultado permanece incerto devido ao sistema de votação complexo e manobras políticas.
O segundo turno definirá os 577 deputados da Assembleia Nacional, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. Na França, o sistema político é o semipresidencialismo, onde o partido ou coalizão com mais votos indica o primeiro-ministro, que governa em conjunto com o presidente.
Marine Le Pen e seu partido de extrema direita tentam alcançar a maioria absoluta na Assembleia Nacional, o que permitiria ao bloco indicar o primeiro-ministro e aprovar medidas sem necessidade de alianças. Este seria um marco histórico para a extrema direita na França.
Para evitar essa situação, o presidente Emmanuel Macron, de centro-direita, formou uma aliança com a centro-esquerda. Esta eleição foi convocada por Macron após a vitória da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu no mês passado.
A decisão de dissolver a Assembleia Nacional gerou choque e incompreensão entre os eleitores, com Macron argumentando que os franceses não votariam da mesma forma numa eleição nacional.
À medida que a contagem dos votos avança, a esquerda parece estar na frente, mas a competição permanece acirrada. A possibilidade de a extrema direita liderar a Assembleia Nacional pela primeira vez traz à tona debates acalorados sobre imigração, economia e identidade nacional.
Os resultados oficiais ainda não foram divulgados, e a expectativa é alta para saber como se configurará a nova composição do parlamento francês. Acompanhe conosco as atualizações sobre este importante evento político que pode moldar o futuro da França.