Os vereadores de Campo Grande adiaram a votação do projeto de reforma administrativa enviado pela prefeita Adriane Lopes (PP).
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A proposta tem como objetivo otimizar a gestão pública, mas enfrenta resistências na Câmara, com críticas relacionadas à possível perda de autonomia em secretarias e impactos em políticas públicas essenciais.
De acordo com a prefeita, a reestruturação busca alinhar a administração municipal às diretrizes do plano de governo aprovado pela população.
Entre as principais mudanças estão a criação de novas secretarias, como a de Planejamento e Parcerias Estratégicas e a de Licitações e Contratos, além de fusões e modernizações de agências e fundações municipais.
A proposta também inclui medidas para fortalecer a inclusão social e o equilíbrio financeiro do município. Contudo, a redistribuição de atribuições gerou divergências, especialmente sobre a extinção de algumas secretarias.
Para a vereadora Luiza Ribeiro (PT), as alterações comprometem políticas públicas importantes e apresentam inconsistências jurídicas.
“Extinguir secretarias essenciais é um retrocesso. É preciso avaliar com cuidado para garantir que as mudanças atendam às necessidades da população”, afirmou Luiza, que também apontou a falta de clareza nas atribuições de algumas pastas criadas.
Já o líder da prefeita na Câmara, vereador Beto Avelar (PP), defendeu o projeto como uma resposta à necessidade de reduzir a máquina pública.
“Sem essa reestruturação, a prefeitura corre o risco de enfrentar uma crise financeira. A proposta é impopular, mas indispensável para garantir eficiência e agilidade na gestão”, argumentou.
O debate continuará na próxima semana, quando os vereadores deverão aprofundar a análise do texto e buscar um consenso sobre o impacto das mudanças.