Na manhã desta terça-feira (14), uma sessão legislativa na Câmara Municipal de Campo Grande foi marcada por tensão e tumulto, quando um grupo de manifestantes da área cultural reivindicou o pagamento do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) e o lançamento do edital do Prêmio Ypê, ambos referentes a 2023. A situação culminou na suspensão da sessão por 30 minutos pelo presidente da casa, Carlão (PSB), após um episódio de confusão.
O tumulto começou após o vereador Tiago Vargas (PSD) apontar a carteira de trabalho para os manifestantes e fazer gestos com ose fosse jogar a carteira e mdireção a eles. Mesmo sendo repreendido diversas vezes pelo presidente da casa, Carlão, o vereador continuou as provocações.
A atriz Laura Santoro, presente na câmara, relatou à nossa equipe os gestos inapropriados de Vargas, “Esse homem (Tiago Vargas) fez gestos para os trabalhadores da cultura, sinalizando para uma moça depilar as axilas. Ficou apontando a carteira de trabalho, e disse “isso aqui assusta eles”, mandou beijos e ficou beijando a carteira de trabalho. Disse que tem vagas de emprego na Funsat (Fundação Social do Trabalho)”
Em uma imagem que circulou durante o incidente, o produtor musical Sal foi visto tentando tomar a carteira de trabalho das mãos do vereador Vargas. Em contato com Sal, o músico explicou que queria ver o que o vereador mostrava com tanto orgulho. “Eu tentei tirar a carteira de trabalho da mão dele mesmo, eu queria ver ali o que é que tinha que ele estava mostrando com tanto orgulho. Foi só isso, não foi uma tentativa de agressão não, apesar de pessoalmente achar que ele merece porque o desrespeito que ele fez ali com os trabalhadores da cultura foi gigantesco”, disse.
O vereador Tiago Vargas, ao responder à nossa equipe, justificou sua atitude mostrando a carteira de trabalho, “Meu posicionamento é que temos milhares de vagas de trabalho de início imediato, tanto na Funsat (Fundação Social do Trabalho) como na Funtrab (Fundação do Trabalho)”.
Questionado se havia chamado os manifestantes de “vagabundos”, Tiago Vargas negou, “Isso não. Apenas mostrei uma carteira de trabalho e falei das vaga (sic)”.