Após os danos causados pela forte chuva que atingiu Campo Grande nesta terça-feira (18), a prefeita Adriane Lopes já trabalha em um plano de recuperação e solução definitiva para os problemas no Lago do Amor.
Ela esteve no local na manhã desta quarta-feira (19), acompanhada de técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para avaliar os impactos e discutir medidas que evitem novos transtornos.

“Em apenas duas horas, choveu mais do que em cerca de quinze dias, ultrapassando os 70 milímetros de chuva. O lago passou por uma revitalização, há aproximadamente um ano e meio. Aqui, a água transbordou o limite da pista, passou por cima e danificou a estrutura. Conversei com os técnicos presentes, com o secretário e com os engenheiros. A nossa avaliação inicial aponta para uma questão ambiental significativa. Esse lago, que já teve 110 a 119 hectares, hoje possui apenas 70 hectares. Isso significa que sua superfície era maior, e quando chovia, a água tinha mais espaço para expandir, e a vazão diminuía gradualmente. O que não ocorre mais por conta do assoreamento”, explicou a prefeita.
Para a prefeita Adriane Lopes apesar da obra de revitalização feita háalguns meses a questão ambiental do assoreamento do lago não foi devidamente abordada, e existe até um risco do lago desaparecer até 2033.
Portanto, a questão ambiental vai muito além do problema imediato e são necessárias parcerias, entre elas com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
“O primeiro passo será a reconstrução do aterro, garantindo a trafegabilidade e a segurança no entorno do lago. Em um segundo momento, a Prefeitura pretende firmar uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) para desenvolver um estudo técnico aprofundado que possibilite uma solução definitiva para a erosão na área”, diz a prefeita Adriane.
O secretário de Infraestrutura Marcelo Miglioli destacou que, apesar dos danos, a situação não é considerada grave, mas exige uma intervenção que resolva o problema de forma estrutural.
“Estamos com equipes fazendo os levantamentos necessários para identificar o que precisa ser feito. A reconstrução do aterro do lago será imediata, mas também vamos trabalhar para encontrar uma solução definitiva”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes finalizou pontuando que irá provocar reuniões com a UFMS, Ministério Público e com órgãos responsáveis pelo Meio Ambiente para que uma medida definitiva seja tomada no local.
“Queremos entender as melhores medidas a serem tomadas em relação ao assoreamento do lago.
É crucial entender que, a cada chuva, essa vazão de água sobre a pista causará danos como os que acabamos de presenciar, pois não temos controle sobre o clima, e as mudanças climáticas estão impactando nossa cidade. Por isso, essas parcerias e construção de um caminho para resolver o problema são essenciais neste momento”, finalizou.