Nos últimos dias, Mato Grosso do Sul tem sido gravemente afetado pela fumaça de queimadas na região do Pantanal, e nos países vizinhos Bolívia e Paraguai
O ar nas cidades sul-mato-grossenses alcançou níveis até 25 vezes mais poluídos do que o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação em Corumbá é uma das mais alarmantes, com a qualidade do ar considerada “muito insalubre”, de acordo com o monitoramento da empresa suíça IQAir.
Em diversas cidades do estado, a densa névoa de fumaça resultante dos incêndios tem causado transtornos à população. Moradores de Campo Grande, Costa Rica, Dourados e Ponta Porã relatam dificuldades respiratórias e ardência nos olhos. A cidade de Corumbá, localizada às margens do Pantanal, lidera o ranking de pior qualidade do ar, com uma concentração de partículas poluentes 25 vezes superior ao recomendado pela OMS, segundo os dados da IQAir.
Impacto na saúde e medidas de precaução
A fumaça tem provocado um aumento significativo de problemas de saúde, especialmente em crianças e idosos. Em Corumbá, o uso de máscaras tem sido amplamente adotado, e as aulas foram suspensas temporariamente para proteger os estudantes da exposição ao ar tóxico. Relatos de moradores indicam dificuldades respiratórias, agravamento de doenças respiratórias preexistentes e olhos irritados.
A Secretaria de Saúde de Corumbá emitiu recomendações para a população, como manter os ambientes internos fechados e evitar atividades físicas ao ar livre. Especialistas reforçam a importância de hidratação constante e o uso de máscaras do tipo N95 para proteger o sistema respiratório.
Cidades mais afetadas
Além de Corumbá, outras cidades do estado também enfrentam níveis alarmantes de poluição atmosférica:
– Campo Grande: Ar insalubre, quase 20 vezes mais poluído que o recomendado pela OMS;
– Costa Rica: Ar insalubre, cerca de 21 vezes acima do limite seguro;
– Dourados: Ar insalubre, 19 vezes acima do recomendado;
– Ponta Porã: Ar insalubre, com índices similares a Dourados.
A expectativa é de que a situação melhore gradualmente nos próximos dias, com alívio previsto para o fim de semana, mas as autoridades continuam em alerta para novos focos de incêndio na região.
Recomendações à população
Diante do cenário crítico, especialistas em saúde pública sugerem uma série de medidas preventivas para minimizar os impactos da poluição:
– Evitar queimadas e descarte de materiais inflamáveis;
– Monitorar alertas de evacuação em áreas próximas a focos de incêndio;
– Manter a hidratação e evitar atividades ao ar livre em períodos de alta concentração de fumaça.
Denuncie novos focos de incêndio às autoridades, para que as ações de controle possam ser realizadas de forma mais eficiente e evitar que a situação se agrave ainda mais.
