Preocupada com a iminente crise hídrica devido ao baixo nível dos mananciais, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) vem monitorando e tomando medidas desde fevereiro para garantir o abastecimento de água potável no Estado.
O diretor-presidente da companhia, Renato Marcílio, criou um grupo de trabalho para monitorar a situação crítica em Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Aquidauana e Anastácio.
Em fevereiro, um boletim do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicou que a bacia do Rio Paraguai registra chuvas abaixo da média, com um déficit hídrico significativo. As projeções apontam que 2024 pode repetir a seca severa de 2020, quando o nível do rio atingiu apenas 32 cm em Ladário, diante dessa situação, a Sanesul está implementando uma estrutura de captação emergencial.
A Gerência de Manutenção em Corumbá, coordenada por Renato Marcílio, alugou uma balsa e adquiriu um conjunto motobomba específico para operar em níveis baixos do rio. Essas ações visam manter a mesma vazão de água, mesmo em condições adversas.
Madson Valente, diretor Comercial e de Operações, enfatizou a importância de evitar desperdícios e consumo excessivo, apelando à colaboração da população para preservar os recursos hídricos.
O governador Eduardo Riedel declarou estado de emergência devido à seca extrema, que, segundo a nota técnica do LASA-UFRJ, já consumiu mais de 661 mil hectares do Pantanal. Desde o final de 2023, a região enfrenta a maior seca registrada desde 1951. As previsões indicam que as temperaturas podem ultrapassar 2°C acima da média, com chuvas 60% a 70% abaixo do esperado.
O grupo de trabalho da Sanesul continua monitorando os níveis dos mananciais e implementando ações para mitigar os efeitos da crise hídrica. As medidas incluem gerenciamento de pressão na rede, controle de vazamentos e investimentos em infraestrutura. Elthon Santos Teixeira, gerente de Desenvolvimento Operacional da Sanesul, destacou que a empresa já havia identificado sinais de seca histórica no início do ano.