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    Mato Grosso do Sul lidera ranking de focos de incêndio no Brasil

    Dados do Inpe indicam que 82% dos focos de incêndio em Mato Grosso do Sul estão concentrados no Pantanal

    Fogo no Pantanal de MS. | Reprodução: Fato67

    Nos últimos quatro dias, Mato Grosso do Sul registrou o maior número de focos de incêndio em todo o Brasil, com 302 ocorrências, segundo dados do painel BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação é crítica no Pantanal, que concentra 82% desses focos, ou seja, 248 incêndios.

    Crise no Pantanal

    A ONG SOS Pantanal alertou esta semana sobre a grave crise no bioma, causada pela escassez hídrica e um aumento de mais de 1.000% na quantidade de focos de incêndio. A situação ameaça ser ainda pior do que a registrada em 2020, quando o Pantanal perdeu um terço de sua vegetação para as chamas. Para evitar uma tragédia semelhante, o Governo Federal e o Governo Estadual assinaram um pacto federativo e enviaram equipes preventivas para combater os incêndios.

    Estado de Emergência Ambiental

    Em resposta à crise, o Governo de Mato Grosso do Sul declarou estado de emergência ambiental em 10 de abril, por meio do decreto n° 25, válido por 180 dias. Este decreto permite ações como queimas prescritas, que são disciplinadas pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e seguem as normas estabelecidas no Comunicado CICOE nº 01 de 2022.

    O decreto também autoriza a realização de queimas controladas em áreas com acúmulo de biomassa e a construção de aceiros de até 50 metros de largura ao longo das cercas divisórias de propriedades. Além disso, dispensa o governo de realizar licitações para a contratação de itens e serviços relacionados ao combate a incêndios.

    Seca no Pantanal em 2021 após a tragédia histórica de 2020. | Foto: Reprodução Fato67

    Medidas de Combate

    Para enfrentar a situação, as autoridades estão focadas em ações preventivas e de controle. O Sifau (Sistema de Inteligência do Fogo em Áreas Úmidas) identifica áreas de alto risco e permite a prescrição de queimas controladas, mesmo durante a vigência do decreto. Estas medidas são essenciais para prevenir a propagação descontrolada dos incêndios e proteger o bioma do Pantanal.

    Redação
    Redação
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