A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (23), a convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para prestar esclarecimentos sobre sua participação no Acampamento Terra Livre, realizado em abril, em Brasília. O movimento indígena, segundo parlamentares, tentou invadir o Congresso Nacional no dia 10 daquele mês.
Além do episódio, a ministra também deverá responder sobre outros temas que preocupam o setor agropecuário, como o crescimento expressivo de queimadas no país, o aumento de 482% na degradação da Amazônia Legal em 2025 e a demora na liberação de novos defensivos agrícolas.
Um dos principais pontos de crítica é o volume de multas ambientais aplicadas em 2024, que ultrapassaram R$ 729 milhões – valor superior à soma do que foi arrecadado nos quatro anos do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Parlamentares afirmam que os números apontam para uma postura de perseguição ao agronegócio.
Presidente da comissão e autor do requerimento de convocação, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) foi enfático: “Esse governo atual tem o agronegócio como seu inimigo número um. A ministra precisa vir a esta comissão prestar os devidos esclarecimentos. Estamos falando de questões que afetam diretamente a produção agropecuária e a segurança jurídica no campo”, declarou.
Ainda não há data definida para o comparecimento da ministra Marina Silva à comissão.
