Nesta semana, 15 réus acusados de participarem dos atos do dia de 8 de janeiro de 2023 foram condenados pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal)
Entre os condenados está Diego Eduardo de Assis Medina, morador de Dourados, cidade localizada a 225 quilômetros de Campo Grande.
Os réus foram condenados por participação nos atos do dia 8 de janeiro que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília (DF). Com essas novas condenações, o total de réus chega a 86.
As penas variam de 3 a 17 anos de prisão, e todos os julgamentos ocorreram no plenário virtual, com votos depositados por via eletrônica. A maioria dos ministros acompanhou o relator, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela condenação dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Apesar das divergências de opinião entre os ministros Luís Roberto Barroso, Nunes Marques e André Mendonça, prevaleceram as penas propostas por Moraes, que variam de 12 a 17 anos de prisão. Todos os réus foram acusados pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Além da pena de prisão, Diego e os outros 14 condenados terão que pagar uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, solidariamente. Todos os condenados até o momento fazem parte do grupo de pessoas que participou diretamente dos atos violentos.
As investigações continuam contra autoridades, financiadores e mentores intelectuais dos atos golpistas. Na última terça-feira (20), o STF tornou réus sete integrantes da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), todos acusados de omissão no caso.