Na manhã deste domingo (15), feriado prolongado em Campo Grande, a Praça Ary Coelho foi palco do “Ato Unificado em Solidariedade ao Povo Palestino”, convocado por movimentos de esquerda de Mato Grosso do Sul. Com início às 9h, o protesto teve como principal bandeira o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com o Estado de Israel, sob o mote “Brasil, rompa relações com Israel!”.
O ato foi organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em MS (CSPPMS) e contou com a presença dos vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Jean Ferreira e Luiza Ribeiro, além da deputada federal Camila Jara (PT-MS), que se manifestaram publicamente nas redes sociais em apoio ao evento.
Em publicação conjunta no Instagram, Camila e Jean escreveram:
“Numa guerra, ninguém vence. Todos perdem: vidas, futuros, humanidade. Enquanto Gaza sangra e Israel reage desproporcionalmente, o ciclo de violência se repete e se intensifica. […] Nossa luta é por uma cultura de paz que rompa com o ódio e a desumanização. Porque não há futuro seguro enquanto houver guerra.”
Já Luiza Ribeiro foi mais enfática, chamando o conflito de “genocídio em curso” e denunciando o bloqueio humanitário imposto por Israel à Faixa de Gaza, que segundo ela já dura mais de 600 dias. Em sua publicação, também relacionou o agravamento da crise no Oriente Médio aos ataques recentes entre Israel e Irã.
“Nos somamos às vozes que denunciam o genocídio em curso em Gaza e manifestamos contra o bloqueio humanitário […] Seguimos firmes na defesa da paz, dos direitos humanos e pela Palestina livre, do rio ao mar.”
O evento reuniu militantes da Unidade Popular (UP-MS), Partido Comunista Brasileiro (PCB-MS), Juventude do PCB e da União da Juventude Rebelião, Movimento Correnteza MS, além de manifestantes com bandeiras do comunismo e cartazes com frases como “Lula, rompa com Israel”, “Chega de massacre” e “Palestina livre”.
Apesar de entoar cantos agressivos, como “estado de Israel, estado assassino”, o protesto foi pacífico sem nenhuma intercorrência e buscou chamar atenção da sociedade brasileira e do governo federal para os desdobramentos do conflito entre Israel e Palestina, intensificado nos últimos meses após sucessivos bombardeios na Faixa de Gaza e recentes ataques entre Israel e o Irã. Ainda não houve resposta oficial do governo brasileiro em relação aos apelos por rompimento de relações diplomáticas com Tel Aviv.
