Presidente questionou democracia, se orgulhou do comunismo e se colocou contra a família — irritando até sua base
Lula tropeçou na própria língua ao menos três vezes nos últimos sete dias. Suas declarações sobre democracia e a esquerda não geraram críticas apenas de opositores, mas acabaram pegando mal mesmo em sua base aliada.
Na primeira delas, na última quinta-feira (29), ele voltou a defender o ditador venezuelano Nicolás Maduro, ao dizer que “a democracia é um conceito relativo”. A declaração a uma rádio gaúcha gerou críticas até de seus ministros e de representantes do Judiciário — que precisaram ressaltar o óbvio: a democracia não é um conceito relativo.
A língua presidencial permaneceu solta e, durante discurso no Foro de São Paulo, naquela mesma noite, ele disse que tem “orgulho em ser comunista”. Lula ainda descreveu o que considera um “discurso fascista”. A emenda acabou pior que o soneto: “[É] o discurso do costume, da família, do patriotismo, tudo aquilo que a gente aprendeu historicamente a combater.”
Quanto mais fala, mais Lula deixa claro o que pensa, e isso não faz nada bem a sua própria imagem,