Segundo o Tribunal de Contas da União os presentes, recebidos pelo ex-presidente foram incorporados a seu acervo indevidamente
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro incorporou, indevidamente, 128 presentes recebidos por autoridades internacionais que deveriam ter sido entregues ao patrimônio da União.
A informação foi divulgada pela CNN e confirmadas pelo o Antagonista.
De acordo com o TCU, 111 presentes não se encaixam no perfil de “itens personalíssimos” e deveriam estar no acervo público. Já outros 17 têm valor comercial altíssimo e deveriam ser incorporados ao patrimônio público. O TCU diz também que ao menos 11 itens recebidos pelo ex-presidente não foram nem registrados, por isso não foram contabilizados.
O governo de Lula foi recomendado a instaurar um procedimento para reavaliar os bens recebidos por Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e seus assessores.
De acordo com a CNN Brasil, os auditores sugerem que o governo faça uma análise completa de tudo que foi recebido durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Bolsonaro entregou apenas 55 presentes recebidos como presidente da República, a maioria avaliado abaixo de R$ 9.000, segundo informação publicada pela Folha de S.Paulo. O jornal diz que 87% dos presentes entregues por Bolsonaro quando ainda estava na Presidência valiam menos que R$ 9.000.
O item de menor valor foi uma pintura da Grécia avaliada em R$ 91,40. Já o presente mais caro foi uma escultura de metal da ave símbolo do Catar, de R$ 130.650,00. Ao todo, os 55 presentes entregues valem R$ 444 mil.
Nesta semana, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu a devolução de todos os presentes que Bolsonaro recebeu na Presidência. O MP-TCU listou mais de 9.000 presentes.