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    Cid confirma ao Supremo intenção de fechar delação premiada com a Polícia Federal

    Viabilidade da delação ainda depende um aval do Ministério Público Federal e posterior homologação por Alexandre de Moraes

    Cid confirma ao Supremo intenção de fechar delação premiada com a Polícia Federal

    O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), confirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que quer fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

    Na quarta-feira (6), Cid esteve no STF e foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

    O juiz auxiliar recebeu um documento, chamado termo de intenção, no qual o ex-ajudante de ordens da Presidência da República manifesta formalmente sua disposição em fechar um acordo.

    A viabilidade da delação depende de homologação por Alexandre de Moraes. A lei que trata da colaboração premiada permite que a PF negocie acordos diretamente com o investigado, sem a necessidade de anuência do Ministério Público. Em 2018, o Supremo validou a possibilidade de a PF firmar as tratativas.

    O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa de Cid, foi procurado pela CNN e não retornou às tentativas de contato.

    Braço-direito do ex-presidente Bolsonaro, nos quatro anos em que esteve no Palácio do Planalto, o tenente-coronel prestou depoimento por mais de dez horas à PF, no dia 28 de agosto.

    Além da venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais, ele é investigado ainda por envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro. Essa última acusação motivou, em maio, a prisão preventiva do oficial do Exército.

    Nos últimos dias do governo passado, Cid tentou resgatar um kit de joias que o casal Michelle e Jair Bolsonaro havia recebido da Arábia Saudita. As joias ficaram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP).

    Já em 2023, o ex-ajudante de ordens participou do esquema para vender objetos de valor que Bolsonaro havia ganhado como presente na condição de chefe de Estado.

    Outros dois personagens diretamente envolvidos no caso das joias e presentes de valor dados a Bolsonaro — Osmar Crivelatti e Mauro Lorena Cid — também estão negociando colaborações premiadas, como a CNN já relatou.

    Redação
    Redação
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