Defesa disse que respeita a decisão de Luís Felipe Salomão, mas que vai recorrer decisão tanto “na via administrativa quanto judicial”, se for necessário
O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, negou o pedido da defesa de Eduardo Appio (foto) e decidiu manter o juiz responsável pela Operação Lava-Jato em Curitiba, afastado do cargo. Salomão fala em “conduta gravíssima” e diz que atitudes do magistrado apontam para “possível ameaça” a um desembargador da Corte, supostamente Marcelo Malucelli.
Conforme informações divulgadas pelo O Globo, e confirmadas pelo O Antagonista, o corregedor nacional também indeferiu o pedido dos advogados de Appio para que o caso fosse julgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e não na Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Appio, que substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal, argumentava que a Corte seria parcial para julgá-lo.
A O Antagonista, o advogado Pedro Serrano, que responde pela defesa de Appio, afirmou que respeita a decisão mas não se conforma, e que irá recorrer.
“Nós respeitamos a decisão, mas obviamente divergimos do conteúdo dela. Nós havíamos formulado três pedidos – que houvesse a correição extraordinária, e isso foi deferido pelo CNJ. Os outros dois pedidos foram agora indeferidos, que seriam a vocação do processo pelo CNJ e o retorno do juiz Appio ao cargo imediatamente, e o CNJ decidiu aguardar o fim do processo das investigações administrativas e da correição para decidir quanto a questão do retorno. Nós vamos recorrer dessa decisão tanto na via administrativa quanto judicial, se for necessário. Não nos conformamos com o conteúdo da decisão“, afirmou o advogado.