AGU, advogados e secretários de governo foram citados por convidados durante cerimônia e festa em homenagem ao novo presidente do Supremo
O avanço do nome de Flávio Dino como favorito na disputa pela cadeira da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) tem rendido apostas sobre quem deve ser seu sucessor no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O assunto foi um dos principais temas das conversas entre os convidados da cerimônia de posse do novo presidente do STF, Roberto Barroso, na quinta-feira (28).
Na fila de cumprimentos após a cerimônia no plenário do STF, vários aliados do governo, advogados e assessores do mundo jurídico faziam cálculos políticos.
Um dos nomes mais citados foi o de Jorge Messias – atual ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU) – que também é cotado para ocupar a vaga deixada por Rosa Weber no STF.
“O governo vai mandar o Dino para cá e colocar o ministro Messias lá. Avalia também como compensar a falta de mulheres, que pode ser a indicação para a vaga que seria aberta na AGU”, disse à CNN um auxiliar de ministro do STF com trânsito no governo.
Na festa após a posse, o assunto se repetiu. Para ocupar a vaga de Dino na Justiça, caso ele realmente vá para corte, entre drinks e canapés, foram cotados nomes do próprio ministério: o secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli; o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho e o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous.
Também foi citado por convidados o nome do advogado Marco Aurélio Carvalho, que conta com apoio de alas do PT. Membro do Prerrogativas e com bom trânsito no poder, Carvalho carrega apoiadores que estiveram entre os convidados da cerimônia.
Um antigo cotado à vaga, que também estava na festa, mas aparece preterido nas indicações até aqui, disse à CNN ver um ambiente de múltiplas disputas: “Não acho que o nome de Dino seja um fato consumado para o STF. Mesmo assim, há uma microdisputa dentro da macrodisputa pela pasta. Já estão brigando entre si para ser ministro da Justiça.”
