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    Com nova fábrica, Inocência deve atingir pico de 32 mil moradores durante obras

    Com presença de Alckmin e Riedel, empresa chilena lança pedra fundamental de megafábrica de celulose; expectativa é que cidade salte de 8 mil para 32 mil habitantes durante obras

    Inocência, município de pouco mais de 8 mil habitantes no interior de Mato Grosso do Sul, está prestes a viver uma transformação. Com o início das obras da nova fábrica de celulose da chilena Arauco, a cidade deve experimentar um crescimento populacional sem precedentes: a previsão é de que a população triplique até 2026, chegando a 32 mil pessoas durante o pico do empreendimento.

    Desde o início da fase de terraplanagem, em junho de 2024, Inocência já recebeu cerca de 4,8 mil novos moradores, entre trabalhadores da construção da planta industrial (2,8 mil) e da operação florestal (2 mil). Após a inauguração da fábrica, prevista para 2027, a estimativa da prefeitura é que a cidade mantenha uma população flutuante entre 18 mil e 22 mil habitantes.

    O prefeito Antonio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofap, celebrou o novo momento da cidade: “Nossa princesinha da Costa Leste caminha a passos longos para ser a rainha da Costa Leste”, disse durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do projeto, realizada nesta quarta-feira (9).

    A indústria

    Batizado de Projeto Sucuriú, o empreendimento prevê um investimento de US$ 4,6 bilhões e ocupará uma área de 3.500 hectares, a cerca de 50 quilômetros do centro de Inocência, próxima ao Rio Sucuriú. Quando concluída, a fábrica terá capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose de fibra curta, consolidando Mato Grosso do Sul como um dos maiores polos do setor no país.

    A cerimônia de lançamento da pedra fundamental contou com a presença do presidente em exercício Geraldo Alckmin, do governador Eduardo Riedel, de secretários estaduais, parlamentares e representantes da empresa.

    Além da planta industrial, a Arauco anunciou um investimento de R$ 85 milhões em um Plano Estratégico Socioambiental, com ações voltadas para educação, saúde, segurança e infraestrutura na região. Outro destaque é a capacidade de geração de energia renovável, estimada em 400 megawatts (MW) – metade para consumo próprio e o restante destinado ao mercado.

    Infraestrutura e logística

    O presidente da Arauco no Brasil, Carlos Altimiras, destacou que um dos grandes desafios do projeto é a logística. Para enfrentar essa demanda, está prevista a construção de 47 quilômetros de linha férrea, que ligará a fábrica a uma ferrovia já existente, além da implantação de um terminal de carga. A medida deve facilitar o escoamento da produção para os mercados nacional e internacional.

    Novo aeródromo

    Ainda nesta quarta-feira, autoridades estaduais lançaram oficialmente a construção do aeródromo de Inocência, a primeira pista de pouso e decolagem do município. A obra, executada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), leva o nome de Maria Campos Maciel, em homenagem à doadora das terras onde o aeroporto foi construído.

    Segundo o superintendente de Logística da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), Derick Machado, embora a pista já esteja pronta, o local ainda não está liberado para o tráfego aéreo e aguarda as próximas etapas de regulamentação.

    Programação

    A agenda oficial incluiu visitas à Vila da Arauco, um passeio pela cidade e a inauguração da unidade da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), que foi remarcada para o período da tarde. A nova fase de desenvolvimento de Inocência marca um novo capítulo para a cidade, que se prepara para os desafios e oportunidades de se tornar um dos maiores centros industriais do estado.

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