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    Com Riedel e Alckmin, Arauco inicia obra de fábrica de celulose em Inocência com investimento de US$ 4,6 bilhões

    Investimento de US$ 4,6 bilhões prevê geração de até 14 mil empregos e transforma cidade em novo polo industrial; cerimônia teve participação de autoridades nacionais e internacionais

    A cidade de Inocência, no leste de Mato Grosso do Sul, foi palco nesta terça-feira (9) da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de celulose da chilena Arauco. O evento contou com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do governador Eduardo Riedel (PSDB), além de parlamentares, empresários e executivos da companhia. O empreendimento, estimado em US$ 4,6 bilhões, será a quinta unidade de celulose instalada no Estado e deve empregar até 14 mil pessoas no pico da obra.

    Localizada às margens da MS-377, a área já passou por serviços de terraplanagem desde meados do ano passado e agora entra em uma nova etapa com o avanço das obras. O terreno já havia recebido cercamento de árvores e estruturas de alojamento, que serão ampliadas com a chegada de novos trabalhadores.

    Durante a solenidade, representantes da Arauco reforçaram o compromisso com a capacitação de mão de obra local. Em parceria com o Senai e o Sebrae, a empresa investe na qualificação de profissionais e no fortalecimento de fornecedores da região. O evento contou também com a presença do CEO global da companhia, Cristian Infante, e do embaixador do Chile no Brasil, Sebastián de Polo, destacando o peso internacional do investimento.

    Energia para o desenvolvimento

    A expansão da infraestrutura elétrica de Inocência é um dos pilares para garantir o funcionamento da nova planta industrial. O diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto dos Santos, detalhou os investimentos em andamento para suprir a demanda energética da região. Segundo ele, enquanto o consumo atual da cidade gira em torno de 2,5 megawatts (MW), somente os alojamentos devem elevar essa demanda em 10 MW, com a fábrica exigindo até 140 MW adicionais.

    “Estamos vivendo a dor do crescimento. É um avanço muito grande em pouco tempo”, afirmou Santos. Para atender à nova realidade, a concessionária triplicou o número de equipes e iniciou a ampliação da subestação de energia local. As ações, segundo ele, garantem o abastecimento da cidade sem risco de apagões.

    O diretor lembrou ainda que cidades como Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, onde já existem grandes fábricas de celulose, serviram de exemplo para os estudos e o planejamento, que já somam mais de três anos de preparação.

    Nova fábrica no radar

    Além do projeto da Arauco, há expectativa para a instalação de uma sexta unidade de celulose em Mato Grosso do Sul, desta vez pela empresa Bracell. Segundo Paulo Roberto dos Santos, a Energisa já mantém diálogo com a companhia há cerca de um ano e meio, acompanhando a análise sobre a viabilidade de instalação da nova fábrica, que pode ser construída em Água Clara ou Bataguassu.

    A decisão ainda depende de soluções logísticas e estruturais por parte do poder público. Recentemente, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) divulgou uma reunião com representantes da Bracell para discutir melhorias nas estradas da região, especialmente se o município de Bataguassu for escolhido como sede da nova planta.

    Com os novos investimentos e movimentações no setor, Mato Grosso do Sul consolida-se como um dos principais polos de produção de celulose do país, atraindo bilhões de dólares em aportes e mudando o perfil econômico de cidades do interior.

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