Conflito no Oriente Médio impede voo direto e autoridades de MS seguem em Tel Aviv, à espera de solução segura.
Os secretários do Governo de Mato Grosso do Sul que estão retidos em Israel desde a madrugada do último dia 13 de junho podem ser escoltados por terra até a Jordânia, de onde seguiriam viagem de volta ao Brasil. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (16) pela assessoria de imprensa do Governo do Estado.
A comitiva sul-mato-grossense está hospedada em segurança em um hotel em Tel Aviv, enquanto as autoridades brasileiras e israelenses mantêm diálogo para garantir o retorno seguro do grupo. Entre as possibilidades em análise estão a liberação do espaço aéreo israelense — atualmente fechado devido ao agravamento do conflito — ou a travessia terrestre até a Jordânia.
De acordo com o secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, apesar do aumento da tensão na região, todos estão bem. “Os ataques se intensificaram, mas continuamos bem e em segurança. O hotel tem vários abrigos, os alarmes são disparados com antecedência e conseguimos nos proteger quando os ataques acontecem. Os nossos governos estão em diálogo, mas o importante é sairmos com segurança”, afirmou por meio das redes sociais.
Além de Ricardo Senna, fazem parte da comitiva a subsecretária de Saúde, Christinne Maymone, e o representante da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Marcos Espíndola. Os três integram uma missão oficial iniciada no dia 7 de junho e que deveria ter sido encerrada no dia 14, organizada com apoio da Embaixada de Israel no Brasil.
A viagem tinha como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e estreitar relações institucionais entre o Brasil Central e o Estado de Israel, especialmente nas áreas de tecnologia, saúde e inovação. No entanto, a escalada do conflito entre Israel e Irã — que entra hoje no quarto dia — inviabilizou o retorno conforme o cronograma inicial. Segundo dados oficiais, ao menos 244 pessoas já morreram, sendo 224 no Irã e 20 em Israel.
O governo israelense sinalizou que está empenhado em viabilizar um voo de retorno para as autoridades brasileiras assim que as condições de segurança permitirem. Enquanto isso, o grupo permanece no aguardo de orientações e novas decisões diplomáticas.