Com a proximidade das eleições, partidos já costuram acordos, e o número de candidatos ao Senado explode no estado
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Com as eleições de 2026 se aproximando, o cenário político de Mato Grosso do Sul começa a se delinear, especialmente na disputa pelas duas vagas ao Senado Federal. Atualmente, os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) estão em fim de mandato, mas devem ser candidatos à reeleição.
Nelsinho Trad (PSD)
Eleito em 2018 com 424.085 votos (18,37% dos votos válidos), Nelsinho Trad busca manter sua candidatura pelo PSD, mas para isto, o atual senador precisa manter a sua cadeira na sigla, que frequentemente é assediado por outras candidatos, como o ex-governador Reinaldo Azambuja.
Soraya Thronicke (Podemos)
Eleita em 2018 com 373.712 votos (16,19% dos votos válidos), Soraya Thronicke ganhou notoriedade pelas grandes manifestações de combate à corrupção de 2015-2016. Após romper com o ex-presidente Bolsonaro (PL), alegando descumprimento de promessas de campanha, Soraya candidatou-se à Presidência da República em 2022, obtendo 600.955 votos. A senadora deve buscar uma reeleição em 2026.
Reinaldo Azambuja (PSDB)
Apontado por muitos como favorito para uma das vagas ao Senado, o ex-governador Reinaldo Azambuja enfrenta processos por corrupção na justiça. Recentemente, recebeu convite do ex-presidente Bolsonaro para filiar-se ao PL. Embora haja interesse, a transição é complexa devido à necessidade de acomodar sua base política dentro do novo partido. Outras siglas, como o PSD, também manifestaram interesse em sua filiação. A decisão de Azambuja permanece incerta, mas a possibilidade de aliança com Bolsonaro é considerada provável.
Gianni Nogueira (PL)
Vice-prefeita eleita de Dourados em 2024 e esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), Gianni Nogueira tem ganhado destaque na política estadual. Próxima da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi mencionada pelo ex-presidente Bolsonaro (PL) como uma possível candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul.
Vander Loubet (PT)
O deputado federal Vander Loubet é cotado como candidato da esquerda ao Senado. Apesar de divisões internas no PT estadual, sua candidatura é vista por alguns como uma oportunidade de renovar a liderança do partido em MS. Loubet aposta na polarização política e na rejeição a Bolsonaro para conquistar uma das vagas.
Gerson Claro (PP)
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual é cotado internamente para ser o candidato ao Senado pelo Partido Progressista (PP), mesma sigla da senadora Tereza Cristina. Visto como ponderado e de boas relações, o parlamentar deve decidir entre continuar no legislativo estadual ou embarcar na campanha para o Senado Federal.
Marcelo Miglioli (PP)
Outro nome que tem ganhado força dentro do Partido Progressista (PP) é o do atual secretário municipal de Obras da capital, Marcelo Miglioli. Com seu trabalho à frente da pasta sendo bem avaliado, Miglioli foi peça fundamental para a senadora Tereza Cristina (PP) na reeleição da atual prefeita Adriane Lopes (PP). Reconhecido como um forte articulador político e influente nos bastidores, seu nome tem ganhado destaque internamente como possível candidato ao Senado.
Capitão Contar (PRTB)
Distante do ex-presidente Bolsonaro e de seus apoiadores no estado, Capitão Contar baseia sua campanha em vídeos antigos e na expressiva votação que obteve nas eleições de 2022 para o governo do Estado, quando chegou ao segundo turno contra Eduardo Riedel (PSDB). Contar busca atrair eleitores que se identificam com a “direita verdadeira” e o “bolsonarista raiz”.
Geraldo Rezende (PSDB)
O deputado federal Geraldo Rezende manifestou interesse em disputar uma vaga ao Senado, propondo uma parceria com o ex-governador Reinaldo Azambuja para assegurar a segunda cadeira destinada ao estado.