Expectativa é de que Cid contribua com três investigações: o inquérito dos cartões de vacinação, o caso das joias sauditas e a minuta do golpe
A possível delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid deve mirar, principalmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes do Palácio do Planalto, segundo informações obtidas junto a investigadores que acompanham as negociações.
Ontem, o G1 informou que a Polícia Federal aceitou firmar um acordo com Cid. O Antagonista confirmou essa informação. Os agentes, no entanto, só aceitaram seguir com as tratativas após a promessa de que as informações prestadas por Cid chegariam à cúpula do Palácio do Planalto.
A expectativa é que Mauro Cid possa contribuir com três investigações específicas: o inquérito dos cartões de vacinação, o caso das joias sauditas e a minuta do golpe.
A pré-delação de Cid ainda será alvo de negociação com o ministro do STF Alexandre de Moraes, presidente das principais investigações. Integrantes da Procuradoria-Geral da República, no entanto, já indicaram que são contra essa delação. Isso, porém, não deve impedir Moraes de assinar os termos por meio dos agentes da PF.
Cid já prestou três longos depoimentos à PF. Durante as falas, o tenente-coronel já havia dado indicativos de que pretendia implicar o ex-presidente da República.