Em sessão na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais aprovaram, por unanimidade, uma moção de repúdio ao deputado federal Geraldo Resende (PSDB)
A decisão foi tomada com 21 votos favoráveis e nenhum contrário, após um acalorado bate-boca entre Resende e os legisladores estaduais.
A moção de repúdio foi apresentada com base nas palavras de Geraldo Resende, que, segundo o texto, “proferiu diversas ofensas contra deputados desta Casa de Leis”.
Resende fez declarações controversas sobre a população de Dourados, sugerindo que tinham um “dedo podre” para escolher prefeito.
O deputado Neno rebateu afirmando que Geraldo tinha um “cérebro podre”.
O confronto verbal continuou quando Geraldo Resende, em uma entrevista subsequente, sem citar nomes, fez referência a usuários de drogas, deputados presos e políticos mal votados em sua própria cidade, alegando que todos tinham “cérebro podre”. Essas declarações ampliaram a tensão entre os legisladores.
Nesta terça-feira (3), durante a sessão na Assembleia Legislativa, Neno usou a tribuna para criticar Geraldo Resende, enfatizando que o uso de drogas é um problema que afeta muitas famílias e nunca deveria ser usado para atacar alguém, uma vez que provoca a destruição de lares.
“Ninguém que usa droga queria estar passando por isso no dia a dia. Questiono a saúde dele, a sanidade mental dele. Quando a pessoa é usuária, tem uma doença e precisa ser tratada”, opinou Neno.
Neno também esclareceu que não é um usuário de drogas, embora tenha admitido ter experimentado maconha na adolescência. Ele ressaltou que não sente orgulho dessa experiência, mas que acredita que os usuários de drogas devem ser tratados em vez de serem alvos de ataques.
A aprovação unânime da moção de repúdio demonstra a forte reação dos deputados estaduais às palavras de Geraldo Resende.
O deputado federal ainda não se pronunciou publicamente sobre a decisão da Assembleia Legislativa.
