Uma declaração polêmica do deputado federal Marcos Pollon (PL), veiculada pelo site MS em Brasília, gerou reações diversas entre as lideranças políticas de Mato Grosso do Sul. No áudio, Pollon afirma categoricamente ser o único representante da direita política no estado, desafiando a ideologia de outros políticos locais.
Durante uma conversa por telefone com uma militante bolsonarista, o deputado alegou: “Se eu usar o meu critério, tá, de quem é de direita na política, tá, eu asseguro para a senhora, com toda certeza do mundo, que no Mato Grosso do Sul, só eu me considero de direita. E eu provo pra senhora. Eu consigo desconstruir todos os políticos do Mato Grosso do Sul, sem exceção, e provo pra senhora que não são conservadores.”
A afirmação surpreendente provocou reações imediatas. Lideranças políticas, incluindo deputados estaduais e pré-candidatos, foram consultados pelo Fato67 para comentarem sobre o assunto.
O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) manifestou sua opinião, sugerindo que o áudio esteja fora de contexto. “Acredito que esteja (o áudio divulgado) fora de contexto. Pollon é a liderança do PL no MS e tem meu apoio.”
Por sua vez, o deputado estadual João Henrique (PL) destacou a importância de analisar as falas dentro de seu contexto e ressaltou o momento de unificação do PL, partido ao qual ambos pertencem. “Hoje em dia tem muitas falas sendo tiradas do contexto, da data, a gente fica sem saber maiores informações.”
Já o deputado estadual Coronel David (PL), ao tomar conhecimento do áudio, expressou incredulidade diante do conteúdo. “Só agora tomei conhecimento disso Vou me inteirar melhor pra poder falar alguma coisa. Mas não tô acreditando no que eu ouvi.”, respondeu Coronel.
O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) contestou a afirmação de Pollon, argumentando que há diversos sul-mato-grossenses que se identificam com a direita política, não se limitando a uma única figura. “Se ele realmente disse o que o jornal publicou, não condiz com a realidade. Somos muitos Sul-matogrossenses verdadeiramente de direita, políticos e não-politicos. A direita não tem “dono” ou “cacique”. Politizar a direita é um equívoco. O correto é endireitarmos a política – e isso não se faz sozinho.”, disse Contar.
Nossa equipe também buscou posicionamentos de outras lideranças políticas, porém, até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno.