O indiciamento de Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, acusado de envolvimento em plano de golpe de Estado, aumenta os desafios para sua volta à disputa presidencial em 2026.
Com Bolsonaro inelegível, lideranças de centro-direita e direita buscam nomes que possam liderar o bloco no próximo pleito. Entre os cotados, destacam-se a senadora Tereza Cristina (PP) e os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR).
Tereza Cristina, que ganhou notoriedade nacional como ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, é apontada como uma alternativa viável, especialmente pelo apoio do setor agropecuário e por vitórias eleitorais significativas.
A senadora foi protagonista em Campo Grande, derrotando o candidato bolsonarista e mostrando o enfraquecimento do ex-presidente em redutos antes sólidos.
Apesar da repercussão positiva do seu nome, Tereza Cristina mantém cautela. Em entrevista, afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto do indiciamento de Bolsonaro. “Já vimos avanços e recuos nesse tema.
Precisamos de calma para entender os desdobramentos”, disse. Sobre a sucessão presidencial, ponderou que a eleição de 2026 ainda está distante. “O debate sobre nomes será em 2025. Temos muitas opções fortes e, até lá, a situação de Bolsonaro pode mudar. No Brasil, tudo é possível”, concluiu.
Enquanto isso, Tarcísio de Freitas, considerado um sucessor político de Bolsonaro, defendeu o ex-presidente, alegando falta de provas concretas contra ele.
Já Ronaldo Caiado, único dos possíveis candidatos a admitir abertamente a intenção de disputar o Planalto, preferiu adotar um tom moderado, afirmando que é cedo para conclusões.
A busca por lideranças que possam unificar a direita segue como prioridade, enquanto o cenário político permanece incerto.