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    Dr. Ovando participa da Marcha pela Anistia e critica STF: “Vamos resgatar a justiça custe o que custar”

    O deputado federal Luiz Ovando (PP-MS) foi um dos parlamentares que participou da “Marcha pela Anistia” realizada na tarde desta quarta-feira (7) em Brasília. O ato, que reuniu milhares de manifestantes vestidos de verde e amarelo na Esplanada dos Ministérios, teve a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de líderes da oposição ao governo Lula.

    Em sua fala, Ovando defendeu o projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e apontou abusos por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). “Anistia em prol dos injustiçados e dos abandonados. Que foram enganados, sendo levados como protegidos, mas na verdade estavam sendo presos”, declarou o parlamentar sul-mato-grossense.

    Ovando ainda criticou duramente a atuação do STF e disse que cabe ao Congresso restabelecer o equilíbrio entre os poderes. “Lamentavelmente, o STF jogou o ordenamento jurídico na lata do lixo. E os deputados vão resgatar essa justiça, custe o que custar. Vamos à luta e vamos votar na Câmara Federal”, afirmou.

    O parlamentar também destacou que a adesão ao ato mostra um clamor popular por liberdade. “A população vai atrás porque almeja um país cada vez mais livre, onde se possa tomar os próprios rumos, independente de socialismo ou de comunismo. Essa é a manifestação de que o povo quer a verdadeira liberdade”, concluiu.

    Pressão sobre o Congresso

    A caminhada, organizada por movimentos da direita e com apoio do Partido Liberal (PL), saiu da Torre de TV e seguiu até a Esplanada dos Ministérios com um carro de som, onde parlamentares e lideranças conservadoras discursaram em defesa da anistia.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro, que se recuperou recentemente de uma cirurgia intestinal, fez questão de comparecer ao ato. “A presença de vocês aqui é a certeza de que estamos no caminho certo. A anistia é um ato político e privativo do Parlamento. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada”, afirmou, em crítica direta à atuação do STF.

    Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, destacou o efeito simbólico da presença de Bolsonaro. “Parabéns, Bolsonaro. Só de você anunciar sua presença aqui, já tem 10 mil pessoas aqui”, disse no palanque improvisado.

    Estimativas divergentes

    Apesar do alto engajamento visual e do impacto nas redes sociais, os números de participantes são divergentes. A Polícia Militar não divulgou estimativas oficiais, mas o ato ocupou duas faixas do Eixo Monumental. Já o Monitor USP, que utiliza tecnologia de contagem de aglomerações com base em imagens e cruzamento de dados, apontou um público aproximado de 4 mil pessoas.

    Pauta travada pela esquerda

    O projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro continua travado na Câmara dos Deputados. A oposição espera que a mobilização popular pressione o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a proposta.

    A proposta de anistia enfrenta resistência da esquerda, que tenta barrar o avanço do projeto mesmo diante da mobilização popular. Parlamentares da base do governo Lula se opõem à medida, mantendo a narrativa de criminalização total dos manifestantes. Para a oposição, trata-se de uma disputa ideológica que revela o uso político do sistema judicial e reforça a polarização que domina o cenário nacional.

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